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Segunda-Feira 11/03/2019
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O PERIGO DO SEXO DESPROTEGIDO
Redação
Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde revelou
um dado preocupante: 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal
ou sintoma de uma doença sexualmente transmissível (DST). A prevenção
é usar preservativo nas relações sexuais, e o papel do profissional de saúde é
fundamental, não apenas na prevenção, mas no diagnóstico e no tratamento
das DST. No entanto, a mesma pesquisa constatou que nem sempre os
pacientes com indícios de DST recebem as orientações adequadas. Um
paciente com DST tem um risco 18 vezes maior de contrair o HIV. “As lesões,
feridas provocadas pelas DST, podem facilitar a transmissão do HIV. Quando
duas ou mais infecções acometem o paciente, podem complicar a resposta
imunológica e influenciar na queda imunológica”, explica o infectologista
Gustavo Magalhães. Embora o uso do preservativo seja a forma mais eficaz
de se prevenir das DST, muitas pessoas resistem em usá-lo. O profissional
de saúde deve estar preparado para vencer esta resistência. “É preciso
conscientizar o paciente de que o não uso do preservativo pode acarretar
a infecção das DST, além do HIV e de hepatites B e C”, sugere Marcelo
Barbosa, assessor técnico da Unidade de DST do Departamento de DST,
Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Quando um paciente chega
a uma unidade de saúde com a suspeita de DST, ele deve ser encaminhado
imediatamente para fazer os exames. Se constatada a DST, o exame anti-
HIV deve ser solicitado. “Se o paciente adquiriu uma DST, ocorreram
relações sexuais sem proteção, o que traz risco também de infecção pelo HIV.
Portanto, o médico sempre deve oferecer ao paciente o exame anti-HIV”,
alerta Gustavo Magalhães. O medo de estar infectado pelo vírus da aids inibe
a aceitação em fazer o exame anti-HIV. Entretanto, uma vez comprovada a
infecção, é preciso orientar bem o paciente. “Explicar ao paciente que, apesar
de não ter cura, a infecção pelo HIV tem tratamento. Se positivo, essa pessoa
deverá ser encaminhada para um centro de referência ao tratamento da aids”,
aconselha o infectologista. Assim que comprovada a DST, o profissional de
saúde deve orientar o paciente a informar sua parceria sexual sobre a presença
da infecção, explicando os riscos que esta pessoa corre por não saber que
pode estar também infectada. Embora a aids seja a mais conhecida, existe uma
série de outras DST, para as quais os pacientes não têm os esclarecimentos
necessários. As doenças sexualmente transmissíveis são causadas por vários
tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, nas relações sexuais sem
o uso do preservativo. Mas há doenças, como aids e sífilis, que podem ser
transmitidas da mãe infectada para o bebê durante a gravidez, o parto ou a
amamentação. Outra grande preocupação em torno das DST é o risco que uma
pessoa corre ao não realizar corretamente o tratamento. Embora, namaioria
dos casos, as DST tenham um tratamento simples, elas têm suas complicações.
A sífilis não tratada, após longo tempo, pode provocar aneurisma na artéria
Aorta; a gonorréia não tratada, com o tempo, pode provocar artrites, e, se a
pessoa adquirir outra infecção como a do HIV e se descuidar da DST, poderá
ter futuras complicações para o tratamento da aids. O profissional de saúde
deve preocupar- se em orientar bem o seu paciente para que o tratamento
não seja interrompido. Os tratamentos para combater as doenças sexualmente
transmissíveis estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Para ter
acesso, basta procurar postos desaúde e ambulatórios de referência dos grandes
hospitais. Os medicamentos para tratar essas doenças também são gratuitos.
Todos os municípios brasileiros recebem os remédios.
Fonte: Viver Bem Comunicação
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