Jornal ECOESTUDANTIL, maio 2016 N.º 27, maio 2016 | Page 29
CINEMA
Este documentário ‘Lixo Extraordinário’ começa com Vik Muniz no programa do Jô e, no fim deste projeto, quem vai ao programa do Jô é Tião Santos, um catador do jardim de Gramacho!
No final do seu projeto,
não só conseguiu cumprir o
seu objetivo (tornar o ‘lixo’,
coisa repugnante e completamente sem valor em algo
‘valioso’ e estimável, algo com
valor estético), como também
se afeiçoou aos catadores
com quem tinha trabalhado.
A Arte pode, sem dúvida,
ter um papel importante na
sociedade.
O trabalho de Vik Muniz
fez com que pessoas que
eram tratadas como ‘lixo’ passassem a ser encaradas como
pessoas, fez com que a sociedade visse e compreendesse
que estas pessoas têm sentimentos e desejos, aspirações
e projetos, tal como qualquer
outro ser humano, e não devem ser discriminadas pelo
trabalho que têm porque, afinal de contas, podem ter orgulho em si!
Artigo orientado pela professora de
Filosofia, Edite Azevedo
A VIAGEM COMO MEIO DE CONHECIMENTO
Por Ana Costa, 11.ºE
Desde a revolução dos
transportes que, cada vez
mais, entramos em contacto
com todo o tipo de culturas.
Porquê? Porque agora as pessoas podem deslocar-se de
país para país ou de continente para continente, com mais
facilidade. Hoje em dia, o hábito das viagens é ainda mais
comum. Os transportes são
cada vez mais cómodos e práticos, para não falar da sua
inacreditável rapidez em relação ao tempo de viagem.
Graças a estas facilidades, apesar das condições
económicas pouco prósperas,
as pessoas dedicam bastante
do seu tempo livre, principalmente as férias, a conhecer
outras culturas, outros sítios,
outras tradições, religiões, I
Qual o seu meio de conhecimento? A viagem. Na
minha opinião, uma das formas mais prazenteiras de conhecimento. O que podemos
ler nos livros e o que nos ensinam na escola pode, então,
ser experienciado. Ao invés de
estudarmos através de fotografias, estudamos através
daquilo que está à nossa volta. Muitas vezes, ou melhor,
quase sempre, adquirimos
maior conhecimento sobre o
lugar que exploramos diretamente, pois apercebemo-nos
de aspetos menos importantes
que nos podem ajudar a perceber a história do local, para
não falarmos de poder entrar
em contacto diretamente com
outras populações, provar os
pratos tradicionais (feitos por
quem realmente os sabe fazer), poder respirar o ar que
essas pessoas respiram,
cheirar o que elas cheiram e,
principalmente, sentir o que
elas sentem. Quando tentamos conhecer um novo local
é como se o vivêssemos,
sentimos que pertencemos
lá.
No fim da viagem, conseguimos descrever o local
melhor do que ninguém. Sabemos as tradições, hábitos
e tudo o mais, mas, sobretudo, percebemo-los. Por isto
mesmo, considero que viajar
é um dos melhores meios de
conhecimento.
Artigo orientado pelo
professor de
Português, Luís Gonçalves
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