PROJETOS
O direito de sermos diferentes
Em que sou diferente?
Sou diferente porque já viajei
por diversos países? Sou diferente
por ter gostos diferentes ou por ter
problemas de saúde?
Não, isto não me torna diferente. Pelo mundo há, de certeza, pessoas com os mesmos gostos, problemas ou que fizeram coisas parecidas. O que me torna diferente é a
minha maneira de pensar e agir.
Aquilo que referi só ajuda a pensar
e agir de outra maneira. Claro que
há outras coisas que me fazem
pensar de outra forma, como ter
vivido neste século, ter lido certos
livros, ter nascido neste país, etc.
O que quero dizer é que não
sou diferente por ter gostos diferentes ou ter vivido sem o meu pai
durante um ano. Isso só mudou a
maneira de ver o mundo e é isso
que me torna diferente dos demais
cidadãos.
O que me torna diferente não é ter
gostos diferentes ou ter feito coisas diferentes. O que me torna diferente é que, pelo
facto de ter essas coisas diferentes, isso
mudou a minha maneira de ver o mundo
e é aí que eu sou diferente.
Adoro ler, estou sempre
a comprar livros! Não gosto
muito de romances como
os de Nicholas Sparks, mas
não dispenso uma boa história de Isabel Allende.
Também adoro viajar
para sítios que não são capitais europeias. Estive em
quatro sítios em Marrocos que me
encantaram pelas suas diferenças.
Cada um deles, por mais próximo
que seja, parece um sítio totalmente diferente. A gastronomia também me cativou.
Gosto muito de ir à praia no
inverno, desde que não chova. Sou
apaixonada por rock old school e
heavy metal.
Gosto de ver documentários
sobre o mundo aquático, sobre as
grandes ditaduras mundiais e sobre
leilões.
Adoro ver uma boa comédia, de
preferência com um final inesperado.
Gosto de incenso e velas.
Também gosto de jogar ténis e
ping-pong.
André Mestre, 10.ºA1
Carolina Pereira, 10.º C1
Dificilmente será possível ver o
que há de diferente em mim sem
ser aparente. Para responder à pergunta do título, terei de ir à minha
infância.
Crescer entre um posto da
G.N.R. e um café fez-me aprender
coisas que, se calhar, não seriam
possíveis em casa ou no infantário.
Ensinou-me a conhecer as pessoas
com um só olhar e compreendê-las
melhor devido ao contacto com
várias culturas, línguas e maneiras
de pensar. Ter sido a minha mãe
a ensinar-me matemáPágina 6
tica e a escrever, ensi-
nou-me também a respeitar as pessoas
e a aprender o
máximo possível
com
todos.
Por isso, a
minha diferença não está
no exterior
mas sim no
interior. Devido à minha
educação e ao ambiente em que
cresci percebo que o importante
Apesar de ser de opinião que
não tenho nenhuma característica
especificamente única, o que me
vem ao pensamento mais rapidamente é o facto de ainda não saber
o que tenciono fazer depois da
secundária, de ser uma pessoa bastante indecisa, ao contrário de
outras pessoas da minha idade. Sei
que isto deve ser normal mas, mesmo assim, não consigo deixar de
sentir que, de alguma maneira, não
sei quem sou e não me conheço
suficientemente. Acho que este
sentimento, de alguma forma, se
assemelha ao da menina em
“História trágica com um final
feliz”, pois também ela não sabia
quem realmente era.
Brígida Fernandes, 10.ºB
são as pequenas coisas.
Joana Gromicho, 10.ºB