Jornal do Clube de Engenharia Junho de 2017 | Page 10
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Museu do
Amanhã: desafio
para engenharia
de estruturas
Museu do Amanhã tem arquitetura inovadora
do espanhol Santiago Calatrava.
Inaugurado em 2015 pela
Prefeitura do Rio em parceria
com a iniciativa privada, o Museu
do Amanhã trouxe grandes
desafios para a engenharia civil.
O projeto inovador do arquiteto
espanhol Santiago Calatrava não
tinha paredes retas, dificultando a
elaboração do modelo das estruturas
de concreto que sustentam a
estrutura metálica de cerca de 340
metros de comprimento. Para falar
sobre isso, o Clube de Engenharia
convidou para uma palestra, em
17 de maio, o engenheiro Júlio
Timerman, vice-presidente da
Associação Internacional de Pontes
e Engenharia Estrutural e diretor-
geral da Engeti Consultoria e
Engenharia S/S Ltda, empresa
responsável por esse âmbito da obra.
Timerman conta que os softwares
de mercado não estavam preparados
para o projeto. “Tivemos de lançar
a estrutura parede por parede,
manualmente, em um processo
de 40 dias”, explicou, reforçando
a importância da engenharia de
estruturas em projetos como esse.
O evento foi organizado pelo Clube
de Engenharia em parceria com o
Instituto Brasileiro do Concreto
(Ibracon) e a Associação Brasileira
de Engenharia e Consultoria
Estrutural (Abece). A promoção foi
da Diretoria de Atividades Técnicas
(DAT) e da Divisão Técnica de
Estruturas (DES) do Clube.
Leia mais: bit.ly/concretomuseu
Burocracia e falta de recursos
dificultam construção autogestionada
de moradias
Uma modalidade específica do
programa Minha Casa Minha Vida,
chamada Entidades, promove a
construção de habitações sociais em
um tripé que envolve movimentos
sociais, profissionais técnicos e
futuros moradores. Sem buscar
lucro, o modelo tornou-se uma
forma de promover um olhar
autogestionado para o programa.
“O mais importante é que os
moradores tenham controle sobre o
projeto, sobre a definição do terreno,
sobre todas as decisões cruciais
em relação ao empreendimento”,
afirmou o arquiteto e urbanista
Adauto Cardoso, na mesa-redonda
“Produção de Moradia Social no
Brasil: panorama recente, avaliação
e ensinamentos”, promovida
pelo Clube de Engenharia em 7
de junho. Para ele, viabiliza-se a
construção de habitações com mais
qualidade e complexidade, embora a
burocracia faça com que a entrega se
torne muito demorada. A arquiteta
Sandra Kokudai, que também
participou do evento, apontou que
a falta de recursos públicos para a
concepção dos projetos, anterior à
aprovação de financiamento pela
Caixa Econômica Federal, dificulta
que a modalidade se torne mais
popular. O assessoramento de
engenheiros, arquitetos e urbanistas
também deveria, segundo ela, ser
garantido como um direito às
famílias. “A casa é o meio para
trabalhar uma outra sociedade”,
afirmou.
O evento foi promovido pela
Diretoria de Atividades Técnicas
(DAT) e Divisão Técnica de
Engenharia Econômica (DEC),
com apoio da Divisão Técnica
de Urbanismo e Planejamento
Regional (DUR) e Associação
Brasileira de Engenheiras e
Arquitetas do Rio de Janeiro
(ABEA-RJ).
Leia mais: bit.ly/mcmventidades
Tecnologias inéditas no túnel da Linha 4 do Metrô do Rio
Pedro Teodoro França: estratégias inovadoras
de engenharia de túneis.
Atravessando uma região
densamente povoada, com solo
instável e presença de água, o
túnel da Linha 4-Sul do Metrô
do Rio, inaugurado em 2016,
foi um projeto inovador. “A obra
ganhou o Prêmio Internacional
de Inovação Tecnológica da
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Associação Internacional de Túneis
e Espaços Subterrâneos”, informou
o engenheiro Pedro Tedoro França,
especialista em túneis e gerente
do departamento de Escavações
Subterrâneas da CJC Engenharia de
Projetos. Ele participou da equipe
de obras e explicou, em palestra
no Clube de Engenharia em 25
de maio, que o “tatuzão”, como foi
apelidada a tuneladora, expandiu o
uso de modo EPB, mais estável, de
escavação. Além disso, o método
de chegada submersa à região do
Jardim de Alah foi inédito no
Brasil. A palestra foi promovida
pela Diretoria de Atividades
Técnicas (DAT) e Divisão Técnica
de Geotecnia (DTG) do Clube,
em parceria com o núcleo Rio de
Janeiro da Associação Brasileira de
Mecânica dos Solos e Engenharia
Geotécnica (ABMS) e o Comitê
Brasileiro de Túneis (CBT).
Apoiaram o evento a Divisão
Técnica de Construção (DCO)
do Clube, o Comitê Brasileiro de
Mecânica das Rochas (CBMR/
ABMS) e a Associação Brasileira
de Geologia de Engenharia e
Ambiental (ABGE-Rio).
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