Jornal do Clube de Engenharia 606 (Setembro de 2019) | Page 12
Eleições 2019
Conselheiros eleitos tomam posse
Terminado o pleito eleitoral,
Clube de Engenharia segue
unido em defesa da Democracia,
da Soberania e da Engenharia
Mantendo a tradição, os engenheiros
associados do Clube de Engenharia
escolheram, entre 28 e 30 de agosto,
seus representantes para o Terço do
Conselho Diretor do Clube, instân-
cia máxima da Casa, que se renova
para o triênio 2019/2022. O caráter
amigável e democrático do pleito foi
destacado pelo presidente do Clube,
Pedro Celestino, durante a Assem-
bleia Geral que aconteceu no dia 9 de
setembro: “Gostaria de parabenizar
os concorrentes pelo clima saudá-
vel em que transcorreu essa eleição.
Existe a impressão nítida de que a
nossa unidade se fortaleceu”, saudou
ele. Realizado através de sistema
eletrônico, o pleito teve apuração
rápida e os resultados saíram pouco
mais de uma hora após o fechamento
das urnas. Tomaram posse 24 novos
conselheiros, além de três terem se
tornado vitalícios (confira no box).
O congraçamento anual, no entanto,
contrasta com o delicado momento
que vive o país, com a maior crise das
engenharias em toda a sua história.
Nesse cenário, a atuação centenária
do Clube se torna ainda mais impor-
tante para defender a democracia,
a soberania e o desenvolvimento
sustentável do Brasil como nação
de destaque no futuro do mundo.
“Quero chamar a atenção desse con-
selho, que tem 75 membros eleitos,
e dezenas de vitalícios, que a nossa
entidade só poderá se fazer ouvir
se houver a participação efetiva de
quem se elegeu”, lembrou Celestino.
“Sem a participação desses conselhos,
a nossa entidade não se fará ouvir,
em um momento em que as nossas
conquistas das últimas oito décadas
estão sendo ameaçadas”, alertou.
O Conselheiro mais votado tradicio-
nalmente representa o terço eleito no
discurso de posse. E este ano, Ibá dos
Santos, escolhido pelos associados,
ressaltou, entre diferentes pontos, a
importância de não cessarem as dis-
cussões e propostas sobre empregabili-
dade digna, uma preocupação de todos
os engenheiros, principalmente os
mais jovens. Preocupa a desnacionali-
zação das grandes empresas brasileiras,
como a Embraer e Petrobras, quadro
Fernando Alvim
Tomaram posse: Abílio Tozini, Alan Arthou, Alexandre Almeida,
Cláudia Morgado, Clovis Nery, Elisabete Maia, Felipe Pupe, Fernando
Tavares, Flavio Miguez, , José Araújo, Lucas Getirana, Luiz Bevilacqua,
Luiz Cosenza, Manuel Martins, Mariano Moreira, Miguel Fernández,
Paulo Alcântara, Paulo Dias, Regina Maldonado, Regina Moniz, Ricardo
Latgé, Rivamar Muniz, Tadachi Takashina e Tatiana Ferreira.
Tornaram-se Conselheiros Vitalícios: Helena Schmukler, Jorge
Bittar e Roberto Saturnino Braga.
Clube de Engenharia
Fundado em 24 de dezembro de 1880
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Defender a Engenharia
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que tende a imprimir um cenário de
desmonte cada vez maior nas áreas
das engenharias.
“Não pode haver Desenvolvimento
sem Engenharia. Não existe Desen-
volvimento Sustentável sem o conhe-
cimento local. Não existe conheci-
mento sem a inclusão social de todos
os personagens locais”, afirmou Ibá
dos Santos. E reafirmou a necessidade
de que, enquanto sociedade civil, o
Clube de Engenharia mantenha vivo
o debate sobre que lugar a automati-
zação do trabalho, com robôs e Inte-
ligência Artificial, deve ter no mundo
— e utilizando, para isso, uma lente
ética e voltada ao ser humano.
Entre muitas outras propostas Ibá
priorizou obrigatoriedade de alinhar
a Engenharia às discussões sobre pre-
servação do meio ambiente, um tópico
que, diante de um cenário de crise
climática, deixou de ser opcional. “So-
mos capazes sim e detemos tecnologia
para defender a Amazônia. Aí estão
as nossas Academias e o INPE para
confirmar o que dizemos”, afirmou
ele, citando a recente crise internacio-
nal a respeito do desmatamento da
maior floresta tropical do mundo.
Finalmente, o conselheiro mais votado
ainda lembrou que a Engenharia deve
estar sempre alinhada à discussão
social, das desigualdades do país e das
possibilidades de enfrentá-las demo-
craticamente. “Temos que defender a
Engenharia brasileira”, concluiu Ibá
dos Santos.
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