Jornal do Clube de Engenharia 582 (Setembro de 2017) | Page 12
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SAE
Estudantes de engenharia testam motor de foguete fruto de
cooperação nacional
O Grupo de Foguetes do Rio de Janeiro (GFRJ) participa da Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE)
O Foguete Padrão 2
(FP2) será lançado no
Centro de Lançamento
Barreira do Inferno
(CLBI), no Rio
Grande do Norte, no
evento Cobruf 2017.
projetos aeroespaciais com foco
educacional, como a Competição
Brasileira Universitária de Foguetes,
e investe na proposta de impulsionar
a expertise técnica de universitários
Teste estático na Unidade Zona Oeste do Clube foi um sucesso.
brasileiros nos mais altos níveis
internacionais e reunir conceitos
tecnológicos inovadores.
O Foguete Padrão 2 (FP2) faz
parte da Cooperação Tecnológica
Nacional da Cobruf e teve seu
motor, a parte mais sensível,
construído pelo GFRJ, do Grupo
Cooperador da Associação Cobruf,
contando com o apoio vital da
Olimpíada Brasileira de Astronomia
e Astronáutica, que arcou com
os custos do desenvolvimento
do motor, cujo primeiro teste em
solo aconteceu, com sucesso, na
Unidade Zona Oeste do Clube de
Engenharia, em Ilha de Guaratiba,
em 29 de julho. Além da equipe do
GFRJ, estavam presentes o professor
João Batista Canalle, presidente da
Clube de Engenharia
Fundado em 24 de dezembro de 1880
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no restante do projeto, porque
o motor é a parte mais sensível”
afirmou Ronaldo Matos, membro
do GFRJ. Assim, o GFRJ irá operar
o motor de um foguete multimissão
avançado, classe M, capaz de atingir
3 quilômetros de altitude e alcançar
velocidades de até 1100 quilômetros
por hora. Tudo isso transportando
até três picossatélites, ou seja,
pequenos satélites que vão realizar a
obtenção de dados.
COBRUF/GFRJ
O Grupo de Foguetes do Rio
de Janeiro (GFRJ), sediado na
Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ), participa da
Secretaria de Apoio ao Estudante
de Engenharia (SAE), do Clube de
Engenharia, trabalha no projeto de
elaboração de um foguete nacional
a ser lançado no dia 30 de setembro,
em um dos mais bem localizados
centros de lançamentos profissionais
do mundo, junto com outras 14
instituições do país. A coordenação
é da Associação Cobruf, organização
sem fins lucrativos que desenvolve
Olimpíada Brasileira de Astronomia
e Astronáutica (OBA), e o Sr.
Calvin Trubiene, vice-presidente e
CTO da Associação Cobruf, além
do secretário executivo da SAE,
Luiz Fernando Taranto.
A complexidade de um
motor de classe M
O GFRJ se comprometeu a fazer o
combustível e o motor do foguete,
enquanto as demais instituições
produzem e testam os outros
sistemas. Todas as partes serão
integradas nos dias anteriores
ao lançamento no Centro de
Lançamento Barreira do Inferno
(CLBI), no Rio Grande do Norte,
no evento Cobruf 2017. “Tudo
que estamos fazendo vai contar
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A experiência resultará no Manual
de Operação do Foguete-Padrão
2 (MOP FP2), de autoria da
Associação Cobruf, em colaboração
com seus 16 grupos cooperadores. O
Manual inclui descrições e análises
detalhadas do foguete, assim como
instruções e medidas de segurança
sobre cada teste e operação a serem
feitos. “A expectativa é muito
grande, porque nós passamos muito
tempo nos dedicando a isso, em
paralelo a graduação ou mestrado. E
ainda pela UERJ, porque eu acredito
que vai representar uma síntese de
superação para o grupo e os outros
grupos de extensão da UERJ”,
declarou Ronaldo Matos. Mesmo
com a UERJ em crise, o grupo
conquistou laboratórios do curso de
Engenharia Mecânica no colégio
Fonseca Teles, sendo um laboratório
restrito ao estudo de motor de
foguetes.
UNIDADE ZONA OESTE
Estrada da Ilha, 241
Ilha de Guaratiba
Telefax: 2410-7099