Jornal do Clube de Engenharia 582 (Setembro de 2017) | Page 10
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Priscilla Galindo, fonoaudióloga
Saúde do
trabalhador
Em 2015, a Previdência Social
contabilizou, na área urbana
brasileira, mais de 1,5 milhão de
auxílios concedidos por doença e
8.200 por acidentes de trabalho.
Para Priscilla Galindo e Viviane
Fontes, fonoaudiólogas de Centros
de Referência em Saúde do
Trabalhador (Cerest), os dados
mostram que é preciso pensar
saúde do trabalhador de forma
integrada, considerando fatores
como transporte e alimentação.
As especialistas apresentaram a
palestra “Vigilância em Saúde do
Trabalhador”, em 16 de agosto, no
Clube de Engenharia.
Entre os setores de denúncias
frequentes estão indústria e
construção civil, com irregularidades
no ambiente e com equipamentos
de proteção individual (EPI).
Viviane Fontes apontou que existem
ainda desafios para consolidar a
saúde do trabalho como política
pública. Entre eles, ampliar o
número de profissionais, trabalhar
mais integradamente aos sindicatos
e publicar cientificamente os
resultados das inspeções.
O evento teve a promoção da
Diretoria de Atividades Técnicas
(DAT) e da Divisão Técnica de
Engenharia de Segurança (DSG).
Leia mais: bit.ly/saudetrabalhador
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Terceira barragem de enrocamento
com face de concreto (BEFC)
mais alta do mundo, a Barragem
de Chaglla, na região andina
do Peru, foi tema de palestra
do engenheiro civil Fernando
Dias Resende, gerente de
Engenharia da Odebrecht,
responsável pela execução da
obra. Na palestra “Aspectos de
Projeto e de Construção da
Barragem de Chaglla”, realizada
em 16 de agosto, no Clube de
Engenharia, Resende contou
que o projeto atualizou critérios
internacionais de construção.
Barragem no Peru projetada por brasileiros
Condições do terreno exigiram atualização de
critérios técnicos na obra.
A obra foi premiada, em maio
deste ano, como International
Milestone Rockf ill Dam Project
(Marco Histórico Internacional
em Projeto de Barragem de
Enrocamento, em tradução livre).
O evento foi promovido pela
Diretoria de Atividades Técnicas
(DAT) do Clube de Engenharia,
em parceria com as Divisões
Técnicas de Geotecnia (DTG)
e de Construção (DCO), além
da Associação Brasileira de
Mecânica dos Solos e Engenharia
Geotécnica (ABMS Rio), Comitê
Brasileiro de Barragens (CBDB) e
Associação Brasileira de Geologia
de Engenharia e Ambiental
(ABGE-Rio).
Leia mais: bit.ly/chaglla
Colapso progressivo em estruturas
Em 2012, a queda do Edifício Li-
berdade, no centro do Rio de Janeiro,
levantou a discussão sobre a resistên-
cia das estruturas dos edifícios. Para
o engenheiro Justino Artur Ferraz,
o caso foi de “colapso progressivo”,
quando o dano em uma estrutura
se expande para mais estruturas e
pavimentos. O Edifício Liberdade é
uma das motivações para os frequen-
tes estudos de Ferraz sobre o tema,
que apresentou na palestra “Colapso
progressivo em estruturas – a propa-
gação do dano estrutural”, no Clube
de Engenharia, em 30 de agosto. O
tema, que atraiu mais de 80 partici-
pantes, foi promovido pela Diretoria
de Atividades Técnicas (DAT) e Di-
visão Técnica de Estruturas (DES).
Segundo Ferraz, em grande parte
dos casos de colapso progressivo os
danos são visíveis durante as obras,
em fatores como baixa resistência
do concreto, retirada prematura do
escoramento e técnica executiva
inadequada.
Leia mais: bit.ly/colapsoestrutura
O desenvolvimento da geotecnia em mar aberto
A exploração e produção
do petróleo no Brasil é uma
história de mais de 60 anos. O
desenvolvimento da área representa
também o desenvolvimento da
geotecnia e suas diversas formas
de plataformas, sondas e demais
tecnologias. “A história da geotecnia
offshore no Brasil” foi o tema da
palestra do ex-presidente Francis
Bogossian, em 2 de agosto. Atual
presidente da Academia Nacional
de Engenharia (ANE), Bogosssian
foi apresentado pelo presidente
do Clube, Pedro Celestino, como
“um pioneiro do estudo dos
problemas geotécnicos da nossa
plataforma continental”. O fato
de encontrarmos 85% do petróleo
do Brasil em bacias sedimentares
marítimas exige estudo sofisticado
do subsolo marinho. Também são
necessárias plataformas offshore
para a exploração, produção,
armazenamento e transporte de
petróleo e gás em mar aberto.
Leia mais: bit.ly/geotecniamar