Jornal do Clube de Engenharia 573 (Dezembro de 2016) | Page 11

DEZEMBRO DE 2016 Metrô: gargalo da mobilidade carioca Consenso entre especialistas: Metrô precisa ser prioridade em uma política integrada de transportes para a cidade Segundo avaliação de especialistas, o Metrô carioca poderia ser muito melhor. Comparado aos de outras cidades, como São Paulo e Paris, que transportam cerca de 4,6 milhões de passageiros por dia, ou Seul, na Coreia do Sul, com 8 milhões de pessoas, as 850 mil pessoas/dia de limite do nosso sistema deixa claro o gargalo. Para falar desses problemas, a mesa redonda “Planejamento da expansão do Metrô no estado do Rio de Janeiro”, realizada no dia 3 de novembro, reuniu especialistas como o conselheiro Miguel Bahury, ex-secretário municipal de Transporte do Rio de Janeiro e o conselheiro Fernando MacDowell, subchefe da Divisão Técnica de Transporte e Logística (DTRL) do Clube de Engenharia, recém eleito vice-prefeito da cidade. Na avaliação do engenheiro Mac Dowell, é um crime o Metrô, obra de alto custo, reduzir sua capacidade. “O Metrô hoje deveria transportar 1,6 milhão de pessoas”, afirmou. “É preciso ter uma visão sistêmica do tráfego na cidade”, defendeu. E já como gestor público, apresentou suas propostas: integrar estações de trem com os sistemas de vans dos bairros; melhorar a integração entre os transportes sem aumentar a tarifa; apresentar com transparência os motivos dos valores das tarifas aos cidadãos; e acabar com a dupla função de motoristas que também são cobradores. Há o consenso de que não faltam propostas na história da mobilidade urbana da cidade. As perspectivas de execução é que não são muito claras. Oficialmente, existe hoje o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) da Região Metropolitana, apresentado em dezembro do ano passado pela Secretaria de Estado de Transportes (Setrans). O documento traça mudanças no transporte da região visando o cenário de 2021 e foi apresentado por Licinio Rogério, que integra o Grupo de Trabalho do PDTU. No entanto, segundo informou, desde o lançamento existem registros de descompassos entre plano e execução. Para ler a cobertura do evento, visite o Portal do Clube de Engenharia em https://goo.gl/EcsUU5 A misteriosa reação álcali-agregado no concreto Uma plateia formada por profissionais experientes e estudantes de Engenharia Civil, acompanhou, no dia 22 de novembro, a palestra “A misteriosa reação álcali-agregado no concreto”, do geólogo Cláudio Sbrighi Neto. Um dos maiores especialistas nessa patologia, responsável pela norma ABNT que hoje rege os ensaios relacionados ao tema, Claudio trouxe ao Clube de Engenharia valiosas informações sobre patologia silenciosa que, aos poucos, causa danos nas estruturas, podendo levar décadas até dar sinais, com o problema instalado e em estado avançado. O “mistério” no título da pales tra é a provocação do palestrante, por ser o assunto ainda envolto em mitos e apenas recentemente ter sido desvendado pelos técnicos. Caracterizado como reações químicas entre álcalis – sódio e potássio – do cimento e agregados com características reativas, o processo faz surgir uma espécie de gel expansivo que causa fissuras e descamação. Nas décadas passadas, acreditava-se que a reação álcaliagregado atingia apenas barragens. Hoje já se sabe que a reação pode ocorrer em diversas estruturas. Embora seja bastante conhecida, a reação ainda apresenta desafios. O diagnóstico não é simples e os reparos necessários costumam ser caros. “Em uma mesma edificação é possível encontrar um pilar sadio em Didático, Cláudio Sbrighi Neto apresentou motivos, métodos de diagnóstico e soluções viáveis para os danos causados pela reação andares mais altos e completamente degradado nas fundações. A interpretação dos problemas exige uma abordagem holística e conhecer plenamente o fenômeno para que os resultados de laboratório sejam confiáveis. “Engenheiros gostam de testes que têm como resultado sim ou não, que passa ou não passa. Nesse caso, não é assim que funciona”, aponta. Além de traçar um histórico dos trabalhos de campo que levaram ao domínio das técnicas necessárias para o diagnóstico e tratamento do fenômeno, desde a década de 1960, Cláudio apresentou os tipos de reação, as variáveis envolvidas – como temperatura e proporcionamento do traço – e as etapas de investigação de campo, a partir da observação da fissuração, e, entre outros, a presença de gel exsudado esbranquiçado na superfície do concreto. Para ver a cobertura completa, visite o link https://goo.gl/J5EpTj DIRETORES DE ATIVIDADES TÉCNICAS: Artur Obino Neto; Carlos Antonio Rodrigues Ferreira; João Fernando Guimarães Tourinho; Márcio Patusco Lana Lobo Divisões técnicas especializadas Ciência E Tecnologia (DCTEC): Chefe: Ricardo Khichfy; Subchefe: Clovis Augusto Nery | CONSTRUÇÃO (DCO): Chefe: Luiz Carneiro de Oliveira; Subchefe: Manoel Lapa e Silva | ELETRÔNICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (DETI): Chefe: Jorge Eduardo da Silva Tavares; Subchefe: Marcio Patusco Lana Lobo | ENERGIA (DEN): Chefe: Mariano de Oliveira Moreira; Subchefe: Marco Aurelio Lemos Latgè | ENGENHARIA DE SEGURANÇA (DSG): Chefe: Estellito Rangel Junior; Subchefe: Aloisio Celso de Araujo | ENGENHARIA DO AMBIENTE (DEA): Chefe: Paulo Murat de Sousa; Subchefe: Anibal Pereira de Azevedo | ENGENHARIA ECONÔMICA (DEC): Chefe: Katia Maria Farah Arruda; Subchefe: Francisco Antonio Viana de Carvalho | ENGENHARIA INDUSTRIAL (DEI): Chefe: Nilo Ruy Correa; Subchefe: Newton Tadachi Takashina | ENGENHARIA QUÍMICA (DTEQ): Chefe: Maria Alice Ibañez Duarte; Subchefe: Simon Rosental | ESTRUTURAS (DES): Chefe: Antero Jorge Parahyba; Subchefe: Roberto Possollo Jerman | EXERCÍCIO PROFISSIONAL (DEP): Chefe: Jorge Luiz Bitencourt da Rocha; Subchefe: Fatima Sobral Fernandes | FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO (DFE): Chefe: Fernando Jose Correa Lima Filho; Subchefe: Mathusalecio Padilha | GEOTECNIA (DTG): Chefe: Manuel de Almeida Martins; Subchefe: Ian Schumann Marques Martins | MANUTENÇÃO (DMA): Chefe: Ivanildo da Silva; Subchefe: Itamar Marques da Silva Junior | PETRÓLEO E GÁS (DPG): Chefe: Paulo Cesar Smith Metri: Subchefe: Fernando Leite Siqueira | RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO (DRHS): Chefe: Ibá dos Santos Silva; Subchefe: José Stelberto Porto Soares | RECURSOS MINERAIS (DRM): Chefe: Ana Maria Netto; Subchefe: Pedro Henrique Vieira Garcia | RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (DRNR): Chefe: Jorge Luiz Paes Rios; Subchefe: Gerson Luiz Soriano Lerner | TRANSPORTE E LOGÍSTICA (DTRL): Chefe: Uiara Martins de Carvalho; Subchefe: Fernando Luiz Cumplido Mac Dowell | URBANISMO E PLANEJAMENTO REGIONAL (DUR): Chefe: Duaia Vargas da Silveira; Subchefe: Affonso Augusto Canedo Netto 11