Jornal Digital AFAC - Edição 33 36 Edição | Page 12
Aeroporto em Londres instala sistema antidrones
O aeroporto de Heathrow, em Londres, instalou um sistema projetado para bloquear drones que entram
em seu espaço aéreo depois de uma série de tentativas recentes que ameaçaram o hub de viagens mais
movimentado da Europa. O aeroporto, classificado como zona de restrição de voo pelas autoridades,
agora utiliza um produto fabricado pela empresa francesa Thales que detecta e identifica drones. A
Thales não quis detalhar na terça-feira o valor do contrato ou a especificação precisa utilizada no
Heathrow.Drones ilegais são um problema crescente para aeroportos, concessionárias de energia e
fábricas. Embora em geral seja usado para causar transtornos – por exemplo, por ativistas – ou para
vigilância, drones foram usados recentemente em ataques na Arábia Saudita. Empresas como a Thales
tentaram aumentar suas utilidades além das soluções militares para aproveitar as oportunidades de
mercado.O Heathrow escolheu um sistema de radar holográfico desenvolvido pela Aveillant, uma
empresa de Cambridge, na Inglaterra, adquirida pela Thales em 2017. Sua tecnologia agora faz parte da
solução antidrone da empresa de defesa francesa EagleShield. O sistema de radar também é usado no
aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Pode detectar drones a até 5 km em todas as direções, de acordo
com o site da Aveillant. Posteriormente, medidas apropriadas podem ser tomadas. Representantes da
Thales não disseram o que o Heathrow planejava usar como medida preventiva, mas afirmaram que a
tecnologia de desativação de drones não fazia parte do contrato com o aeroporto. Um porta-voz do
Heathrow não quis comentar.Longe dos centros de tráfego, as soluções comuns incluem o uso de ondas
de rádio para bloquear o sinal usado por um piloto para controlar um drone ou assumir o controle da
unidade. Outros métodos incluem o envio de águias ou redes gigantes para retirar os dispositivos do céu.
https://moneytimes.com.br/aeroporto-em-londres-instala-sistema-antidrones/?utm_campaign=aeroclipping_-__15_de_janeiro_de_2020&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
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Engenheiros enviaram dados incorretos para o fabricante dos motores
O sonho de Pequim ter um avião chinês competindo com a Airbus e Boeing parece cada vez mais difícil após os
engenheiros da COMAC (Commercial Aircraft Corporation) enviarem cálculos de engenharia com dados errados
para a CFM International, responsável pela produção dos motores do avião C919. O C919 é o primeiro avião
comercial projetado do zero na China, utilizando uma extensa base de engenharia obtida durante o
desenvolvimento do ARJ21, desenvolvido a partir do projeto do norte-americano MD-80. O modelo espera ser
um competidor a altura dos rivais ocidentais, como o Airbus A320neo e Boeing 737 MAX. A COMAC, fabricante
estatal dedicado a aviação comercial, sofreu um duro golpe no programa C919, que acumula 5 anos de atraso
por conta de problemas técnicos. Embora seja recorrente ocorrer problemas e revisão no cronograma de
projetos complexos, o C919 agora acumula um erro de engenharia considerado elementar, ao mesmo tempo
que bastante grave, o envio de dados incorretos para a fabricante dos motores. Com parâmetros errados, o
motor LEAP 1C, destinado ao C919, teve seu desenvolvimento incorreto e fora dos parâmetros ideais para o
modelo. Ainda que não represente, por ora, nenhum risco ao avião, os dados errôneos podem significar em
maior consumo de combustível, desgaste prematuro de componentes, desempenho fora da faixa ideal em
diversas situações de voo, entre outros.O erro primário compromete a credibilidade do programa, que é visto
pelas autoridades chinesas como uma vitrine para a qualidade dos projetos desenvolvidos na China, superando
o tradicional receio internacional com relação a qualidade dos produtos com tecnologia local. Além disso, o
C919 é o primeiro avião desenvolvido por uma empresa chinesa que conta com ampla participação de
fornecedores globais, aproximando o programa do padrão adotado pelos principais fabricantes do mundo, como
Airbus, Boeing e Embraer, que utilizam uma grande cadeia de parceiros.
As falhas atrasaram principalmente o cronograma de certificação do avião
pela Administração de Aviação Civil Chinesa (CAAC), que passou a seguir os
mesmos protocolos adotados por seus pares, como a norte-americana FAA.
A fabricante estatal havia estabelecido o prazo para certificação para final de
2020.O C919 foi projetado para acomodar até 168 passageiros, apesar de
não ter sido divulgado o seu preço, acredita-se que poderá ser até 30%
inferior que um Airbus A320neo ou um Boeing 737 MAX, atualmente o C919
possui pedidos firmes de 20 clientes, praticamente todos chineses.
https://aeromagazine.uol.com.br/artigo/aviao-chines-teve-erro-matematico-de-engenharia_4903.html