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Continuação...
No Centro de Parto Normal de Alvorada, durante uma visita
de rotina no quarto de uma puérpera, presenciamos ela ama-
mentando seu bebê, o qual não estava com a pega incorreta, e
a mãe relatava muita dor e fissuras nas mamas. Orientamos e
ENTREVISTA
ENFERMEIRA
GISELE CARDOSO
PEREIRA
N ós acadêmicos do Centro
Universitário Metodista-IPA,
estudamos muito sobre hu-
manização, que é a valoriza-
ção dos usuários, trabalhado-
res e gestores no processo de
produção de saúde. E durante
as aulas de saúde do homem
e da mulher nos aprofunda-
mos mais sobre o programa
de Humanização no Pré-natal
e Nascimento, que foi insti-
tuído pelo Ministério da Saú-
de através da Portaria/GM
n.° 569, de 1/6/2000. E a
PORTARIA Nº. 1.067, DE 4
DE JULHO DE 2005, que
Institui a Política Nacional
de Atenção Obstétrica Neo-
natal, e dá outra providên-
cias, onde aprendemos que
devemos respeitar a fisiolo-
gia do parto e à mulher, den-
tre outros coisas.
Durante o estágio no Centro
de parto Normal(CPN) do
Hospital de Alvorada, tive-
mos a oportunidade de entre-
vistar a Enfermeira obstetra
Gisele Cardoso Pereira, res-
ponsável pelo CPN há mui-
tos anos.
Marizete Batista: Qual é a
tua percepção em relação
aos métodos não farmaco-
lógicos aplicados aqui no
Centro de Parto Normal do
Hospital de Alvorada, co-
mo esses métodos são apli-
cados no parto humaniza-
do?
.
Enfermeira Gisele Cardoso
Pereira: essa criação de mé-
todos que a gente consegue
desenvolver com a usuária
para que ela tenha a menor
percepção da dor durante o
trabalho de parto não são
individuais, eles vão funcio-
nar para uma e não vão fun-
cionar para outra, não vão
Funcionar para todas da mes-
ma forma, porque vem da
pessoa, da disponibilidade
em que ela está, da percep-
ção que ela tem de dor no
corpo dela. É um conjunto de
fatores que fazem essa chave
funcionar ou não, do método
não farmacológico realmente
diminuir a sensação de dor
dela ou não diminuir em
nada. Primeiro de todos é o
apoio psicológico, e esse está
nas mãos muitas vezes do
acompanhante. Então se o
acompanhante está aqui di-
zendo que tem alguma coisa
errada acontecendo, porque
no meu parto não foi assim,
ou no outro parto dela não
foi assim, isso já vai minar a
confiança dela de que está
tudo bem, ou não está tudo
bem. Então o apoio psicoló-
gico é o primeiro deles e é
por isso que a gente muitas
vezes insiste e pede, “traz
uma pessoa que tu acha que
vai te ajudar, que vai pegar
tua mão, vai te abanar, vai
mandar tu respirar, vai te dar
um abraço, vai te alcançar
uma água ,vai te ajudar a
colocar o bebê para mamar,
vai te ajudar a trocar o ab-
sorvente, vai te dar felicidade
da pessoa estar ali, vai te dar
segurança”.
E muitas vezes a gente ouve
que não, que “eu quero ele,
para ele ver como é que eu
sofro”. E isso não vai trazer
melhorias, o acompanhante é
para trazer melhorias. Então
tem gente que vai gostar de
tomar banho, tem gente que
vai querer levantar da cama e
não vai querer deitar, tem
gente que vai querer trocar
de posição, que é um dos
grandes segredos tirar a
pessoa da posição que ela
está a cada 30 minutos, então
tu senta um pouco, tu deita
um pouco, tu vira a pessoa
para o outro lado, o segredo
é esse, às vezes sentar no
va