1948 – Londres
Hospedando pela segunda vez, Londres não construiu nada novo, as instalações esportivas foram reutilizadas. Pouquíssimo conforto. A 2ª Guerra acabara fazia quatro anos e haviam se passado 12 anos desde os Jogos de Berlim. Nesses jogos teve o primeiro registro de asilo político, da ginasta tcheca Marie Provanznikova. As mulheres foram bem representadas, sendo Fanny Blankers-Koen a primeira mulher a conquistar quatro medalhas de ouro em uma edição dos Jogos. Além dela, com apenas 17 anos, o americano Bob Mathias foi o vencedor do decatlo e se tornou o mais jovem campeão olímpico da modalidade. E depois de quase 30 anos sem conquistar uma medalha, o Brasil voltou a subir ao pódio, agora com a equipe masculina de basquete que terminou em terceiro lugar na competição, após vencer o México por 52 a 47, e garantiu o bronze. Sendo essa a primeira medalha brasileira em esportes coletivos nas Olimpíadas e a única trazida de Londres.
1952 – Helsinque
Uma edição em que um tcheco, Emil Zátopek fez o que nenhum outro homem conseguiu fazer até hoje: vencer as corridas dos 5.000, 10.000 metros e a maratona em uma mesma Olimpíada. Sua estratégia? Correu ao lado do recordista mundial Jim Peters até o final da prova, e disparou no final. A URSS fazia sua 1ª aparição em Olimpíadas. Essa edição aboliu a restrição de militares na prova de adestramento, assim a medalhista de prata Lis Hartel, não foi só a primeira mulher a conquistar uma medalha em um evento individual no qual mulheres competiam diretamente com homens, como precisou de ajuda para subir no cavalo. Lis fora vítima de poliomielite aos 23 anos e perdera permanentemente, entre sequelas nas mãos e braços, todos os movimentos abaixo do joelho. Brasil conquistou medalhas, com Adhemar Ferreira da Silva, de 25 anos, o grande destaque na equipe brasileira. Ele venceu pela primeira vez a prova do salto triplo, quebrando quatro vezes o recorde mundial, com 16m22. Além do ouro de Adhemar, a delegação brasileira voltou para casa com mais duas medalhas de bronze: uma de José Telles da Conceição, no salto em altura, e outra do nadador Tetsuo Okamoto, nos 1.500m livre. Determinada, ginasta soviética Maria Gorokhovskaya conquistou duas medalhas de ouro e cinco de prata, tornando-se a mulher mais premiada em uma única edição dos Jogos Olímpicos. Além dela Bob Mathias também escreveu seu nome na história do esporte, porém pela segunda vez, que depois de se tornar o mais jovem campeão olímpico do decatlo, em 1948 - então com 17 anos - foi campeão olímpico novamente, agora em Helsinque.
1956 – Melbourne
Número menor de atletas e delegações devido aos boicotes políticos de todos os lados. Egito, Líbano, Iraque, Espanha, Holanda, Suíça e China não compareceram. Por outro lado, as Alemanhas Oriental e Ocidental competiram sob a mesma bandeira. Era a primeira dos Jogos no hemisfério Sul e, por causa das leis de quarentena australianas, as provas equestres de foram transferidas para Estocolmo, na Suécia. E teve também a introdução eletrônica na esgrima e os placares digitais de tempo para a natação. O Brasil fez história com o paulista Adhemar Ferreira da Silva que escreveu seu nome definitivamente na história do esporte mundial, após conquistar o bicampeonato olímpico do salto triplo, quebrando mais uma vez o recorde da competição.
1960 – Roma
Roma programou algumas competições em pontos turísticos da cidade, como a chegada da maratona, que foi no Arco de Constantino. Nessa olimpíada aconteceu o segundo óbito da história dos Jogos por doping durante uma prova. O ciclista dinamarquês Knud Jensen havia ingerido diversos estimulantes para a circulação do sangue. E as mulheres novamente fazendo história, representadas dessa vez por Wilma Rudolph que se tornou a mulher mais rápida do planeta e conquistou três medalhas de ouro nos jogos. Além dela o jovem pugilista Cassius Marcellus Clay também conquistou medalha de ouro, mas na modalidade dos meio-pesados. Ele mais tarde ficaria conhecido como Mohammad Ali, um dos maiores boxeadores de todos os tempos.