Jorge Conde - Bases Programáticas da Candidatura a Presidente do IPC 1 | Page 7
1. Motivação para uma candidatura
O Politécnico de Coimbra não é um emprego. O Politécnico de Coimbra não é uma instituição
de ensino superior qualquer. É a minha escola, a escola onde ingressei em 1980, onde realizei
o Bacharelato (1984 – Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, ESTeSC), onde me
licenciei (1997, ESTeSC) e com quem colaboro como docente desde 1986, sendo professor de
carreira desde 2001 e presidente da ESTeSC (e por inerência membro do Conselho de Gestão)
desde 2 de Janeiro de 2007.
Não posso e não quero alhear-me do seu futuro, do seu destino e dos desafios que tem para
vencer. Seria mais confortável, remeter-me ao conforto do meu gabinete de professor, das
minhas aulas, dos meus laboratórios e da minha investigação. Mas, seria egoísta se depois de
tudo o que o Politécnico de Coimbra me proporcionou, não fosse solidário com o seu futuro,
com os seus alunos, os docentes, os profissionais não docentes e a comunidade envolvente
que a ele está ligado. Entendi que a experiência e o conhecimento que acumulo e que no
resumo curricular explanarei, são motivação, ou obrigação suficiente, para serem colocados
ao serviço desta comunidade que é a nossa. E, a verdade é que apesar de ter muitos anos
como empresário, tem sido no seio do Politécnico que mais tenho apreendido e não posso
deixar de retribuir.
Ser Presidente não é uma missão que surja de um objetivo pessoal ou profissional. Candidato-
me por mote próprio e de livre vontade. Nada, nem ninguém, me obriga a ser Presidente e
não o faria, não fosse um imperativo de consciência e a convicção de que estou bem
preparado e de que serei um bom Presidente; de que o Politécnico de Coimbra será melhor
na sua missão de ensinar, de transferir conhecimento, de fazer ciência e de participar no
desenvolvimento da região e do País. É a convicção, de que tenho de devolver à instituição,
pelo menos uma parte da experiência e conhecimento acumulado nos 30 anos como seu
professor, a que se juntam os de estudante e fundamentalmente os de Presidente de uma das
suas mais proactivas unidades orgânicas e membro do Conselho de Gestão, bem como um
trajeto de carreira onde os sucessivos degraus académicos e profissionais, que se me
colocaram foram sendo superados. Mas é também a convicção de que a experiência no setor
empresarial e a ligação à sociedade civil da região, me têm premiado com um reconhecimento
que deve ser colocado ao serviço do nosso Politécnico.
Mas tudo isto seria mera presunção, se não tivesse ouvido os outros e o juízo que fazem do
meu currículo profissional e da minha estatura para o cargo. Foi isso que fiz, com estudantes,
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