Jorge Conde - Bases Programáticas da Candidatura a Presidente do IPC 1 | Page 19

4.4 Princípios 4.4.1 A escola IPC Uma instituição de ensino superior deve ser fundamentalmente uma comunidade de ciência, de tecnologia, de cultura e de saber, onde professores, alunos e profissionais não docentes criam um clima dedicado ao ensino e investigação. Um Politécnico não é por isso uma empresa, ou um grupo de empresas, onde preside a lógica do lucro. No entanto, o sub- financiamento crónico das instituições de ensino superior e a possibilidade que lhes assiste de prestarem serviços à comunidade pode criar uma lógica de gestão por objetivos e de premiar um certo cariz empreendedor dos que estiverem disponíveis para caminhar nesse sentido. Importa, no entanto, que saibamos manter o rumo e o objetivo primeiro de ensinar, aprender e investigar que é a missão a que nos comprometemos e para a qual fomos criados. Temos de criar na comunidade IPC, um sentimento de pertença e de identidade com a instituição que adotaram como sua e lhes garante o seu trabalho, consequentemente o seu salário e o seu futuro. Quanto mais nos identificarmos com o Politécnico de Coimbra, maior será a coesão entre os seus membros e isso é fundamental para que todos estejam envolvidos no seu funcionamento, nas suas reformas, nos seus objetivos, na sua missão. Uma instituição jovem, que transporta consigo o forte peso das marcas das suas escolas e vive ao lado da mais secular das universidades, tem de afirmar permanentemente a sua identidade, enquanto comunidade diferenciadora para os que nela estudam e trabalham, mas para todos os que com ela convivem. É indispensável criar um sentimento de orgulho, pela marca IPC, de forma a que todos os que aqui estudam e trabalham, possam afirmar sem medo e sem prurido a sua condição de “aluno do IPC”, “professor do IPC”, “funcionário do IPC”. É preciso que todos partilhemos os momentos de alegria ou de preocupação com o que acontece com a instituição, de forma a gostarmos dessa pertença e a não sentirmos necessidade de procurar a nossa identidade social noutro espaço. Temos de saber que a “escola” é a nossa casa e que a queremos entusiasmante, viva e vibrante. Queremos que as pessoas queiram estar, queiram conviver, queiram um ambiente franco e aberto. Uma escola faz-se de espaços preenchidos, faz-se se viermos à “escola”, não para cumprir os mínimos, mas para realizar todas as nossas obrigações, já que sem pessoas não há comunidade e uma escola é uma comunidade. Há, pois, que criar ambientes felizes, integradores, atrativos; há que fomentar a presença das pessoas nos espaços que fazem a 19