Nido Pedrosa
COLUNA MERCADO MUSICAL
A incrível trajetória de
PAULO ZDANOWSKI
É incrível a situação que a continua
perdurando na área musical brasi-
leira... Não apenas em relação aos
fãs de carteirinhas, mas também
em boa parte dos profissionais da
música de vários segmentos e par-
te da sociedade brasileira... Me re-
firo a pessoas que não tomam co-
nhecimento das fichas técnicas de
CD, DVD, vídeo clip, filme documen-
tário etc. É como se o cantor, ape-
nas o cantor, fosse responsável por
desenvolver, produzir, gravar e exe-
cutar todo um trabalho musical, on-
de na verdade participam vários
profissionais tais como, assistentes
de produção, compositores, músi-
cos, maestros, arranjadores, dire-
tores, técnicos e engenheiros de
som, mixadores, masterizadores,
diretores de fotografia e tantos ou-
tros profissionais responsáveis por
toda uma cadeia produtiva que,
muitas vezes, envolve 50, 60 pes-
soas em um único trabalho musi-
cal. Pensando nisso, a Coluna Mer-
cado Musical está apresentando
nesta edição, uma pequena retros-
pectiva, sobre a carreira deste im-
portante compositor da música bra-
sileira que é Paulo Zdan. Digo pe-
quena retrospectiva, porque sua
carreira é extensa e versátil.
Paulo Zdanowski, o Zdan, além de
compositor é multi-instrumentista,
cantor, produtor musical, responsá-
vel por muitos sucessos nas vozes
de grandes interpretes. Em entre-
vista exclusiva o multi-tarefa da
música nos encanta com suas his-
tórias:
Como começou sua carreira mu-
sical?
Tinha a música como um entrete-
nimento, no início. Estava no segun-
do ano de Medicina quando uma
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canção minha em par-
ceria com um parcei-
ro/cantor estourou. O
nome desse parceiro
era Cassiano e a fai-
xa "A Lua e eu". Essa
faixa aconteceu pri-
meiro na novela O Gri-
to (Rede Globo). Rapi-
damente fiquei co-
nhecido na UFF (Uni-
versidade Federal
Fluminense) pelos co-
legas.
Em 1977 aconteceu
de novo com a faixa
"Coleção", na novela
"Locomotivas" (Rede
Globo), que estourou
nas rádios e em todos
os meios de comuni-
cação. Eu fui o produ-
tor musical desse ál-
bum que saiu pela
Polygram. Depois dis-
so outros artistas me
pediram músicas iné-
ditas, como Tim Maia
(Nosso Adeus), Caeta-
no Veloso (Quero um
Baby Seu). Em 1985,
gravei pela Polygram
um compacto simples "Impulso e
Desejo". Em 1994, montei a Ban-
da Soul do Rio e gravamos um CD
pela Leblon Records. Depois fui to-
car, como baixista e vocalista, na
Banda Good Times. Em seguida re-
montei uma nova banda SoulRio,
com outros integrantes e fizemos
apresentações em TVs, clubes, in-
clusive ,foi nessa ocasião, que te co-
nheci e tive a oportunidade de to-
car com você, Nido Pedrosa, gran-
de percussionista e produtor musi-
cal, colunista dessa conceituada re-
vista e meu parceiro em alguns
gingles para grandes marcas da pu-
blicidade brasileira'.
Obrigado Paulo pelo elogio, a fa-
mília agradece (rsrsrsr). Mas vol-
tando... o teu trabalho continua...
Então, daí comecei a compor mais
e cada vez mais. Fiz várias parceri-
as, tenho muitas músicas ainda são
inéditas, esperando uma boa opor-
tunidade. Em 2016, um produtor de
Minas Gerais, o Moacir Silveira, co-
meçou a fazer clips das minhas
músicas e hoje, estou com 130
JG NEWS, ANO XXI, ED. 226, AGOSTO DE 2017