INTERPRESS (Maio, 2017) | Page 15

Interpress OEA: Saiba mais aperfeiçoa as malícias criminosas dos presidiá- rios. A população carcerária no Brasil é composta, principalmente, por jovens entre 18 e 29 anos e quase 50% dessa população não têm ensino fun- damental completo. Isso faz com que as empresas não se sintam interessadas em contratar detentos e ex-detentos, mesmo com certos benefícios que isso pode gerar, como o fato de o salário poder ser menor que o piso da categoria e que os encar- gos dos presos são geralmente pagos pelo gover- no. Além de não gerar interesse nas empresas, existe certo preconceito, por parte da sociedade, com o fato de “desperdiçar” dinheiro contratando ex- presos. Para tentar sensibilizar a população em relação à necessidade da reinserção social de re- clusos soltos após cumprimento de pena, o Con- selho Nacional de Justiça (CNJ) e o Supremo Na primeira imagem têm-se o Centro de Progressão Peni- tenciária (CPP) de Pacaembu recebe a 2ª edição da Jorna- da da Cidadania e Empregabilidade. Tribunal Federal (STF) lançaram, no final de 2009, a campanha “Começar de Novo”. Algumas empresas se integraram ao projeto, como o SENAI, fornecen- do bolsas de estudos para presos e ex-presos, e a Hering, empregando detentos em oficinas de costu- ra e manuseio e etiquetagem de peças de roupas. Mesmo com campanhas como essa, o governo ainda não dá a esse problema a atenção necessária, tor- As três pessoas acima passaram pelo Projeto Ressocializar, da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). nando trabalhosa a resolução desse problema social. 15