INTERPRESS (Maio, 2015) | Page 16

Interpress Bm: sabia mais Os avanços da nanomedicina Por Mariana Abreu Isolamento imunológico A nanotecnologia, definida como o estudo e manipulação de partículas entre um e cem nanômetros (um nanômetro equivale a 10 -9 metros, ou um milésimo de milionésimo de um metro), tem aplicações nos mais diversos campos, desde o controle da pressão durante a produção de petróleo até a produção de chips de celulares. Uma das áreas em que esse tipo de desenvolvimento pode ser usado com bastante abrangência é a medicina, em que o mapeamento do DNA pode se feito com mais velocidade e até o tratamento de câncer é facilitado. A tendência é que, cada vez mais, a nanociência esteja diretamente relacionada com o diagnóstico e o tratamento de condições de saúde. Depois de realizar transplantes de pâncreas, pacientes de diabetes devem fazer uso de imunossupressores para impedir que o seu sistema imunológico ataque o novo órgão. Esse tipo de medicamento é, em geral, forte e aumenta a suscetibilidade do paciente a infecções. Para evitar essa resposta, em 1997, Tejal Desai e sua equipe desenvolveram um estudo em que usaram micro fabricação em substrato – um processo em que estruturas e padrões são produzidos dentro de materiais usando líquido pressurizado – para criar pequenas câmaras em placas de silicone, onde células podem ser colocadas. Essas câmaras formaram um filtro com nano poros de até 20 nanômetros, que são grandes o suficiente para deixar que moléculas de oxigênio, glicose e > 16