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O registro equivale ao preço de uma vida?
As dificuldades encontradas na cobertura jornalística em
Por Isabela Catarina e Oswaldo Henrique
Ser jornalista é comunicar à população os acontecimentos que circundam a sociedade em dado momento. Quando o civil encontra-se na condição de telespectador a cobertura jornalística possui o sentido majoritário de informação, em outra via, quando o civil encontra-se na condição de vítima a contribuição da cobertura toma um sentido maior, contribuindo para a redução do risco em desastres, alertando sobre possíveis alterações climáticas, por exemplo, questionar sobre ações futuras e acompanhar o desenvolvimento da situação.
O imprevisto é inerente ao trabalho do jornalista. Contudo, a cobertura jornalística realizada em zonas de risco- seja um desastre natural ou seja uma zona de conflito- potencializa estas eventualidades, dificultando o trabalho do profissional à partir do momento em que seus recursos tornamse limitados, sua vida é posta em risco, e seu é psicológico abalado.
Em lista divulgada pela UNESCO em 2017, o Brasil encontra-se em 7 ° lugar entre os países mais mortais para jornalistas, com cinco assassinatos em 2016. O primeiro lugar é dividido entre México e Afeganistão, com treze mortes cada.
O jornalista da revista Tempo da Indonésia, Edi Pramono Stefanus Teguh, acredita que a reportagem em zonas de conflito deve ir além do relatório de óbitos e incidentes. Seguindo essa diretriz podemos constatar a fala de Pramono Teguh que se preparou durante duas semanas para atuar como infiltrado no distrito de Kampung Ambom, conhecido ponto de tráfico de drogas da Indonésia. Para realizar esse trabalho, o jornalista precisou se familiarizar com a cultura local, de forma a compreender o vocabulário e valores da população.“ Coletar informações e trabalhar em equipe foi fundamental para poder prever o pior cenário possível e se planejar. Além disso, para construir uma relação de confiança com as fontes, tive que dar um toque pessoal e demonstrar alguma
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