Interpress
SAIBA MAIS: CPC
Não muitos sabem do que se passou no Cambo- o que fortaleceu uma guerrilha cambojana que lu-
ja, distante e sem grande repercussão internacional tava para assumir o poder. Esse foi o estopim para
nesse âmbito. Na década de 1970, mais precisa-
mente entre 1975 e 1979, foram mais de 2 milhões
de mortes – capítulo que pode ser descrito como
uma das maiores atrocidades humanas já ocorri-
das. O genocídio cambojano foi promovido pelo
que o partido comunista assumisse o governo. A
guerrilha foi formada cladestinamente pelo líder
do Partido Comunista da Indochina, Pol Pot, que
desde as eleições de 1955, já defendia a tomada do
poder no Camboja a partir da luta armada.
Khmer Vermelho, governo comunista sob a lide-
rança de Pol Pot.
A política de censura máxima e o trabalho força-
do no campo abalaram toda estrutura já construída
da sociedade cambojana. Foi imposta uma utopia
agrária, o que promoveu o esvaziamento de cida-
des cambojanas.
A população foi obrigada a instalar-se em fazen-
das coletivas, e trabalhar durante todo o dia. Pro-
fessores, estudantes universitários, minorias étni-
cas e grupos religiosos, principalmente budistas,
eram reprimidos e/ou perseguidos, e até executa-
dos. Houve o fechamento de hospitais, escolas, bi-
bliotecas e monastérios, entre outros, bem como
foram abolidos a propriedade privada e os salários.
Até o próprio país foi fechado, ou melhor dito: iso-
lado, visto que fronteiras e embaixadas estrangei-
ras foram fechadas.
A violência é um dos pontos mais marcantes do
regime. As estimativas apontam que, pelo menos,
Pol Pot – líder do Khmer Vermelho
Khmer Vermelho
1,5 milhão de pessoas morreram, número que pode
ainda ter alcançado 2,5 milhões . E muito se engana
Durante a guerra do Vietnã, as forças america- quem pensa que é um caso em que se poupa mu-
nas bombardearam bases vietnamitas no Camboja, lheres e crianças.
11