INTERPRESS (Junho, 2018) | Page 11

Interpress SAIBA MAIS: CPC Não muitos sabem do que se passou no Cambo- o que fortaleceu uma guerrilha cambojana que lu- ja, distante e sem grande repercussão internacional tava para assumir o poder. Esse foi o estopim para nesse âmbito. Na década de 1970, mais precisa- mente entre 1975 e 1979, foram mais de 2 milhões de mortes – capítulo que pode ser descrito como uma das maiores atrocidades humanas já ocorri- das. O genocídio cambojano foi promovido pelo que o partido comunista assumisse o governo. A guerrilha foi formada cladestinamente pelo líder do Partido Comunista da Indochina, Pol Pot, que desde as eleições de 1955, já defendia a tomada do poder no Camboja a partir da luta armada. Khmer Vermelho, governo comunista sob a lide- rança de Pol Pot. A política de censura máxima e o trabalho força- do no campo abalaram toda estrutura já construída da sociedade cambojana. Foi imposta uma utopia agrária, o que promoveu o esvaziamento de cida- des cambojanas. A população foi obrigada a instalar-se em fazen- das coletivas, e trabalhar durante todo o dia. Pro- fessores, estudantes universitários, minorias étni- cas e grupos religiosos, principalmente budistas, eram reprimidos e/ou perseguidos, e até executa- dos. Houve o fechamento de hospitais, escolas, bi- bliotecas e monastérios, entre outros, bem como foram abolidos a propriedade privada e os salários. Até o próprio país foi fechado, ou melhor dito: iso- lado, visto que fronteiras e embaixadas estrangei- ras foram fechadas. A violência é um dos pontos mais marcantes do regime. As estimativas apontam que, pelo menos, Pol Pot – líder do Khmer Vermelho Khmer Vermelho 1,5 milhão de pessoas morreram, número que pode ainda ter alcançado 2,5 milhões . E muito se engana Durante a guerra do Vietnã, as forças america- quem pensa que é um caso em que se poupa mu- nas bombardearam bases vietnamitas no Camboja, lheres e crianças. 11