PEGUNTA DA EDITORA
LÍVIA BRANDINI , CEO E FUNDADORA , KULTUA
Em conversas com diretores de tecnologia , CIOs e CTOs , nota-se que a grande maioria das organizações estão tentando mitigar os impactos causados pela elevada rotatividade de colaboradores que buscam cada vez mais flexibilidade no modelo de trabalho ou apenas trabalho 100 % remoto . Em partes , esse sintoma está associado também ao movimento similar à “ Grande Renúncia ” que aconteceu no Brasil , mesmo em menor escala do que no fenômeno americano ou chinês .
Que no Brasil ele é mais restrito a um pequeno grupo formado por jovens , em geral , com maiores níveis de escolaridade e essas pessoas costumam estar associadas a atividades que não exigem trabalho presencial .
Globalmente , a “ Grande Renúncia ” ganhou força durante a pandemia e é reflexo de um conjunto maior de questionamento sobre o trabalho e a empresa escolhida por parte de colaboradores insatisfeitos com : insegurança psicológica , visões gerenciais divergentes , falta de escuta ou espaço para sugestões de melhoria , além de processos / políticas rígidas .
Estados Unidos , o movimento foi mais ostensivo na sociedade e mais complexo .
Surgiu então a tendência nos times de TI de preferirem o trabalho remoto . Afinal , vimos exemplos de empresas de grande porte liberarem seus funcionários e declaram-se 100 % remotas . Com isso , parte do time acabou se mudando para cidades mais distantes , ou seja , adaptaram suas vidas por conta dessa decisão . Depois disso , declarar o trabalho híbrido obrigatório para 100 % do time deixou de ser uma opção .
Para mitigar os desafios de retenção de pessoas , as empresas têm buscado adotar soluções cada vez mais criativas , desde estimular cerimônias presenciais não obrigatórias em uma sede menor , até eventos online com as equipes como jogos , bate-papo descontraído e outras dinâmicas de integração .
Além disso , houve uma conscientização maior sobre o papel estratégico do RH e da humanização da gestão , fazendo com que as empresas tenham um acompanhamento mais próximo e personalizado dos colaboradores . Nesse sentido , destacam-se as soluções e plataformas capazes de coletar dados ou People Analytics em profundidade , sejam para melhor compreensão do indivíduo ou dos padrões relacionais que influenciam a cultura da empresa .
Comparando-se o efeito desse movimento global com o brasileiro , a diferença é que no Brasil ele é mais restrito a um pequeno grupo formado por jovens , em geral , com maiores níveis de escolaridade e essas pessoas costumam estar associadas a atividades que não exigem trabalho presencial . Nos
Um exemplo disso , é a nossa plataforma de diagnósticos de cultura e gestão de mudanças . Ajudamos as empresas a compreenderem seus reais desafios críticos e adotarem estratégias mais assertivas para melhorar seu engajamento e retenção , potencializando a cultura instalada e os resultados do negócio .
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