PGR
Inquérito n. 4.325 / DF
campanha presidencial de LULA em 2002 recebeu aproximadamente R $ 39 milhões de reais mediante doações eleitorais oficiais provenientes especialmente da OAS e de empresas do grupo Odebrecht, todas elas posteriormente beneficiadas com esquema instituído pela organização criminosa ora denunciada, conforme se verá. 15
Com a ascensão ao poder de LULA, os ora denunciados estruturam no âmbito do governo federal um modus operandi que consistia em cobrar propina a partir de ajustes ilícitos com as empresas que tinham interesse em firmar negócios no âmbito do governo federal e na aprovação de determinadas medidas legislativas.
Para tanto foram nomeados para cargos públicos chaves pessoas já de antemão comprometidas com a arrecadação da propina. Essas pessoas, que compuseram o núcleo administrativo da organização criminosa, faziam a ponte entre o núcleo político e os empresários( núcleo econômico), que, por sua vez, pagavam os valores indevidos por meio de doleiros, depósitos em contas no exterior em nome de offshore, doação eleitoral oficial e, também, em alguns casos, de estruturas próprias desenvolvidas pelas próprias empresas para ocultar a origem dos recursos ilícitos. Esses operadores eram os responsáveis pelo núcleo financeiro da
15 DOC 7.4- Conforme os Anexos 1 e 3 do Relatório de Pesquisa n º 1092 / 2017 da Assessoria de Pesquisa e Análise da Procuradoria-Geral da República, LULA recebeu através de doações oficiais o valor de R $ 21.072.475,98, enquanto o Comitê PT- Comitê Financeiro Nacional para Presidente, R $ 18.313.322,86, quantias que, somadas, alcançam aproximadamente R $ 39 milhões.
11 de 209
Documento assinado via Token digitalmente por RODRIGO JANOT MONTEIRO DE BARROS, em 05 / 09 / 2017 19:32. Para verificar a assinatura acesse http:// www. transparencia. mpf. mp. br / validacaodocumento. Chave 38CD2210.989E79C2. D37DBCA2.88AD21F4