Inominável Nº 3 | Page 37

Entretanto nasciam as duplas de actores cómicos que tiveram enorme relevância. Primeiro foi a dupla Laurel e Hardy (Bucha e Estica), e mais tarde Abbot e Costello.

O cinema havia encontrado uma fórmula de grande sucesso. E os filmes cómicos surgiram uns atrás dos outros. Actores como o mexicano Cantinflas e o italiano Totò, a que se juntam Dean Martin e Jerry Lewis (mais uma dupla de sucesso), fizeram as delícias das multidões. Também Danny Kaye ou Bob Hope surgiram em filmes cómicos, já num pós-guerra. Sem esquecer Walter Matthau e Jack Lemmon.

A maioria destes actores cómicos, que o cinema idolatrou, foram muito mais tarde inspiradores de novos actores e realizadores.

Dentro destes últimos, Mel Brooks será quiçá o mais brilhante de todos os realizadores/actores. Dos diversos filmes destaco obviamente “Balbúrdia no Oeste”, com algumas partes de humor tipicamente nonsense. Aquele realizador fez um sem número de filmes, quase todos muito bons, de humor muito refinado e inteligente.

Os anos oitenta foram novamente pródigos em boas comédias. Uma delas foi mesmo premiada com Óscares. Trata-se da película “Quem tramou Roger Rabbit?”.

Uma mistura invulgar mas bem conseguida entre desenho animado e cinema de Hollywood.

Mas o futuro da comédia e do humor haveria de mudar. No mesmo ano de Roger Rabbit surge uma das comédias mais engraçadas dos últimos trinta anos e que dá pelo nome “Onde para a polícia?” tendo Leslie Nielsen como protagonista.

Uma comédia brilhante que teve grande sucesso originando duas sequelas, no entanto com menos êxito.

Os anos 90 trazem-nos dois filmes muito apreciados pelos amantes do bom humor. Trata-se de “Ases pelos ares”. Filmes bem conseguidos especialmente pelo seu humor também de nonsense e muita referência com graça a outros filmes.

Actualmente, o humor no cinema parece ter-se tornado fundamental. E não há realizador que não o use para ilustrar algumas partes dos seus filmes.

Mesmo Roberto Benigni no seu “A vida é bela” não deixou que o humor estivesse ausente no meio da trama e do drama. Deixa assim, nas palavras do seu filho Giosué, a grande frase:

“Ganhámos! Mil pontos! É de morrer a rir!”

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Nº 3 - Abril, 2016