- Vamos fazer um boneco de neve! - exclamou a Ana, com o coração a rebentar de alegria.
E assim foi. Era o boneco de neve mais torto de sempre, mas também o mais bonito, pois tinha sido feito pelos quatro.
- Esta está a ser a melhor véspera de Natal de sempre! - disse ela, agarrada às pernas da mãe e do pai. Todos concordaram com ela. Há muito tempo que não se divertiam tanto, e naquele momento prometeram que nunca mais se iam perder dentro daqueles aparelhos que os levavam para longe uns dos outros, e nunca mais esqueceriam o Natal.
Quando se sentaram à mesa para cear, a Ana apenas lamentou a ausência de uma pessoa. Alguém de quem tinha muitas saudades. Foi então que ouviu uma batida na porta e levantou-se imediatamente, correndo para a abrir. Assim que a abriu, viu o sorriso mais caloroso de sempre e o que mais desejara ver naquela noite.
- Avó! - e saltou-lhe para o colo.
- Minha querida Ana! - abraçou-a a avó - Ainda bem que cheguei a tempo de te abraçar e dar a tua prenda.
- A minha prenda?!
- Sim. Uma prenda especial, para uma menina especial, feita pela tribo das neves, Xirihbitatá.
- Oh! E o que é? - perguntou a Ana, curiosa e com um brilhozinho no olhar.
A avó sorriu e acariciou-lhe as sardas da cara, que eram tantas quanto as estrelas que pintalgavam o céu naquela noite.
E querem saber o que era, amiguinhos? Pois bem… isso fica para outra história, que um dia vos irei contar.
:)
Nº 1 - Dezembro, 2015
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