Inominável Nº 1 | Page 12

Como era possível que ninguém quisesse enfeitar a árvore com ela, ou brincar na neve, ou preparar a ceia?! A mãe, o pai e o irmão conseguiam estar mais perdidos que o próprio Natal! Se houvesse alguma maneira de os trazer de volta… Foi então que naquele momento o vento começou a soprar forte nas árvores do jardim, nuvens escuras surgiram no céu e trovoadas ressoaram como mil tambores. Lá fora, uma enorme tempestade de neve ameaçava cobrir tudo de branco e foi então que um milagre aconteceu. A luz apagou-se! Nada acendia, nada ligava, nada respondia.Sem saber o que fazer, toda a família se reuniu na sala.

- E agora? O que vamos fazer? - perguntou a mãe.

- Tinha tanta coisa para tratar! - lamentou-se o pai.

- Podíamos procurar o Natal, todos juntos! - sugeriu a Ana.

Eles olharam para ela, confusos, e ela foi buscar um caixote de onde tirou fitas, laços e bolas douradas e vermelhas.- Vamos começar a enfeitar a árvore! – sugeriu, e todos concordaram.

Quando começaram a pendurar enfeites, ela começou a cantarolar músicas natalícias e todos a acompanharam.

Não tardou a estarem todos na cozinha, a fazer filhoses e rabanadas, e a rirem-se das maluquices do pai. Como o fogão era a única coisa que funcionava, depressa a casa se inundou com o cheiro a fritos e canela – e toda a gente sabe que o cheiro a fritos de Natal é o único que faz toda a gente sorrir de contente.

No fim, foram pendurar a coroa de azevinho na porta, e verificaram que a tempestade já tinha ido embora, deixando o jardim coberto de branco.

No fim, foram pendurar a coroa de azevinho na porta, e verificaram que a tempestade já tinha ido embora, deixando o jardim coberto de branco.

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