Inominável Nº 1 | Page 10

por Sofia Silva

por Marta A.

A Ana, tal como todas as crianças, adorava a época natalícia e todas as coisas maravilhosamente divertidas que se fazem nessa altura e nos fazem ficar muito felizes. Vocês sabem do que estou a falar, não sabem? Enfeitar o pinheiro, decorar a casa, brincar na neve, fazer doces, escrever a carta ao pai Natal, embrulhar prendas, preparar surpresas, observar o céu… Sim. Observar o céu. A Ana fazia-o todas as noites, na esperança de avistar o trenó e as renas do Pai Natal nos seus treinos para a grande noite. Elas tinham que treinar, não acham? Para não se cansarem demasiado quando tivessem de dar a volta ao mundo em apenas 24 horas!

Contudo, este ano algo de muito estranho se passava em casa da Ana. Faltava apenas um dia para o Natal, mas todos pareciam esquecer-se disso!

A árvore, montada a um canto da sala, estava nua, nua, despidinha da Silva, sem um único enfeite para a aquecer! Também não havia presépio, luzes nas janelas, azevinho sobre a lareira, nem coroa de Natal na porta.

Lá fora, no jardim, a neve que tinha caído há duas semanas começava a derreter e não havia um único boneco a alegrar o quintal, tal como o pai lhe tinha prometido que fariam os dois. E no ar não havia cheiro a doces, nem se ouviam cânticos natalícios. Nada de nada. Aquilo parecia os seus piores pesadelos, em que o Natal desaparecia da face da Terra!

Foi então que, decidida a mudar aquela situação, a Ana foi à procura da mãe.

ra uma vez uma menina pequenina de cabelos cor de abóbora que tinha tantas sardas na cara quantas estrelas há no céu, e cujo nome era doce e pequeno, como ela: Ana.

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À procura do Natal