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VIDA

vibravam com a batida. A este DJ precedeu o Paulo Gonzo e, embora fosse um concerto de entrada livre, o recinto é fechado e toda a gente é revistada na entrada como forma de prevenção de desacatos estimulados pelo álcool inevitavelmente ingerido nestes eventos. E todas as saídas que vão dar à via rápida têm carros-patrulha para se certificarem de que os condutores são cool, embora grande parte dos festivaleiros dormissem já ali ao lado no parque de campismo, que fica sobrelotado nesta altura do ano.

A festa mais badalada foi em Ponta Delgada, intitulada “WhiteOcean” - ou “Festa Branca”, mas prefiro a versão inglesa. “Festa Branca” faz-me sempre pensar numa festa cheia de gente a aproveitar os prazeres proibidos de drogas ilegais, embora na verdade assim se chame por (quase) toda a gente ir vestida de branco. Cumpri a tradição com um dos poucos vestidos que ainda me servem, e lá fomos até à capital da ilha, apinhada de palcos (150 para ser precisa), bares e restaurantes a vibrar com música, roulotes de comes e bebes, imensos turistas bronzeados e a maioria embriagados, e pessoas pela rua fora a comerem onde calhava, com aquela descontração típica de quem não tem horas ou obrigações com que se preocupar. A noite bem quente, o mar sossegado, o cheiro a sal no ar, e aquela latente atmosfera de ilha tropical que seduz quem cá vem nesta época...Foi mais uma noite de música no pé e alegria no coração, onde não faltou o fogo-de-artifício!

Nº 16 - Outubro 2018