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Inominável

A tarefa empreendida pelos monges de Cister no seu vastíssimo domínio, que abrangia treze vilas e três portos de mar e que, mais tarde, foi conhecido pela designação de Coutos de Alcobaça, realizou-se em várias vertentes, nomeadamente, no chamamento de colonos vindos de fora, na assistência e protecção dos habitantes da região, no cultivo da terra e na criação de gado, na abertura de estradas e na construção de pontes que facilitassem a comunicação com a costa atlântica. O desenvolvimento de pequenas indústrias, para além da construção do Mosteiro, foram também tarefas prioritárias.

Para além das terras, a Ordem de Cister era frequentemente contemplada com importantes doações em dinheiro e jóias, como verificamos nos testamentos de D. Afonso Henriques, D. Afonso III, D. Dinis e D. Pedro I.

Assim, nos finais do século XIII estes Coutos abrangiam toda a região que vai de S. Pedro de Moel à Lourinhã e, para o interior, até à Serra dos Candeeiros e Rio Maior, ocupando a totalidade dos seus domínios, no nosso país, uma extensão superior a 60 mil hectares.

Os Coutos de Alcobaça ocupavam então as vilas de Alcobaça, Alfeizerão, Aljubarrota, Alvorninha, Cela, Évora de Alcobaça, Maiorga, Paredes, Pederneira, Salir de Matos, Santa Catarina, São Martinho do Porto e Turquel, sendo quatro destas vilas portos de mar, nomeadamente, Salir, Pederneira, Cós e Alfeizerão.