Inominável Inominável #16 | Page 20

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por Rei Bacalhau

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Consigo adivinhar a imagem mental que vós tendes de mim: um viciado em videojogos horrivelmente obeso e com pouca atenção à higiene, que não faz mais nada na vida senão estar permanentemente colado a um monitor CRT na cave da casa dos pais frustrados. Tal diz o cliché.

Posso pelo menos dizer que não moro numa cave.

Já é alguma coisa.

Este tipo de criatura que eu descrevi seria tipicamente uma pessoa provavelmente anti-social, pelo menos à superfície. No entanto, os videojogos podem ser ferramentas sociais com muitos paralelos às interacções presenciais, e um igual número de diferenças extremas.

Vou portanto falar de videojogos com suporte a mais do que um utilizador, os chamados multi-jogador, ou multiplayer, para o pessoal mais preguiçoso.

Admito que não tenho seguido o desenvolvimento desta área específica nestes últimos anos em que tem sofrido transformações substanciais. Contudo, acho que para o propósito deste texto, talvez este facto nem seja prejudicial. Outrossim, este é um tema bastante alargado, portanto vou falar nele de relance, só para poder riscá-lo da minha lista de temas a falar.

Poderiam pensar que os jogos multi-jogador começaram sincronizadamente com o aparecimento da internet, mas isso é porque a nossa noção destes modos de jogo está corrompida pelos avanços tecnológicos dos últimos 10 a 15 anos. Efectivamente, antigamente "multi-jogador" queria dizer duas pessoas a jogar uma com/contra a outra no mesmo local físico, conceito que entretanto foi substituído pelo termo "modo cooperativo local" (provavelmente inventado por um anarco-sindicalista).

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