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VIDA

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É engraçado perceber que quando um dos gémeos está a fazer uma birra há algum tempo, até o irmão tenta acalmá-lo, como quem diz “estás a exagerar, já chega!” (riso).

As abordagens que adoptamos são as comummente estabelecidas:

Boa sorte!

Distrair o pequeno para outro assunto, tentando que o foco que dá origem à birra seja desviado e a resistência diminuída;

Ignorar a birra, pois as crianças querem apenas a nossa atenção. Temos sempre de verificar se podemos MESMO ignorar, ou seja, se a segurança da criança está assegurada. Ignorar é mesmo ignorar, mantemo-nos afastados sem sequer olhar ou falar com o pequeno birrento, esperando que deste modo ele pare;

Colocá-lo no canto do silêncio (ou do castigo) até que ele se acalme. Dizem as “normas” que o tempo do silêncio (ou do castigo) deve durar um minuto por cada ano da criança. Neste período, também a criança é ignorada. Logo que termina o “tempo do silêncio” deixamos o menino ir à sua vida, sem mais delongas.

Quando são dois e com a mesma idade, estes episódios acontecem com muita frequência.

Claro que são estabelecidas regras claras, para que eles percebam o que é e não é correcto fazerem, bem como rotinas para que se sintam seguros.

Cada menino é uma pessoa individual (mesmo entre gémeos, bem entendido), pelo que há um mais birrento do que outro, ou mesmo existem períodos em que um faz mais birras do que o mano.

Haja fé e paciência para ultrapassar esta e todas as outras fases que as crianças têm até à fase adulta (e até nesta).

Nº 14 - Junho 2018