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MÚSICA

Como caracterizam este novo trabalho, e em que é que se assemelha, ou difere, do anterior?

O outro álbum era uma viagem por vários estados emocionais. O nome do primeiro álbum é Happiness, Love and Despair, justamente por isso.

A sonoridade do primeiro álbum é variada, as influências também, bem como a energia e os instrumentos escolhidos. No primeiro álbum aparece flauta transversal, violoncelo, piano.

No primeiro álbum também surgem baladas, um tema de reggae, de ska, um mais instrumental, enfim... Viaja por vários universos.

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Este trabalho It´s time traz várias novidades:

Surgem as vozes da Filipa Coutinho e da Waya como back vocals, o que me parece ter sido uma aposta ganha.

Também entrou uma secção de sopros (Trompete – Jorge Barroso e Trombone – Rodrigo Lage que fizeram um ótimo trabalho. Os arranjos dos sopros foram da minha autoria juntamente com o Tiago Cordeiro.

Gostaria de realçar o trabalho do Tiago Cordeiro nos arranjos, que foi fantástico.

Outra novidade foi a entrada do baixo e a saída do contrabaixo.

Em relação ao álbum anterior optei também por retirar o piano, violoncelo e a flauta transversal. Os músicos do primeiro álbum, à exceção do João Roque, também são outros.

Este trabalho tem uma energia forte, é muito ritmado, com muito "groove". Tem um alinhamento forte.

Não é tão contrastante. É mais "in your face". Direto ao assunto. Também por aí é diferente do álbum anterior, que eu diria que é menos impositivo.

Em que se assemelha? Eu diria que apesar de estarmos a explorar estilos musicais diferentes existe uma linha comum. Acho que se consegue reconhecer a identidade do Projeto, mesmo navegando por outras águas.

Nº 14 - Junho 2018