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SAÚDE

As vacinas têm uma função preventiva, normalmente são administradas a indivíduos saudáveis e os esquemas de vacinação começam logo na infância, de forma a que a proteção imunitária ocorra o mais cedo possível.

É de extrema importância que o Programa Nacional de Vacinação (PNV) seja cumprido e, felizmente, o nosso país tem sido um exemplo neste campo. Doenças como a difteria, a poliomielite, o sarampo ou a tosse convulsa já quase não fazem parte do nosso vocabulário devido à eficácia da vacinação. A principal função da vacinação é prevenir o aparecimento de doenças, muitas delas fatais.

Uma elevada cobertura vacinal traz benefícios pessoais mas também para toda a comunidade, evitando que algumas doenças se espalhem. A chamada imunidade de grupo é a que nos protege e aquela que nos transmite segurança.

Muito importante também é a erradicação de determinadas doenças devido à vacinação, isto é, o desaparecimento de uma dada doença numa dada região. Nisto, Portugal também é um bom exemplo. Foram oficialmente erradicadas de Portugal várias doenças: malária, varíola, poliomielite, difteria, raiva humana e, mais recentemente, a rubéola e o sarampo.

Como ouvi o pediatra Mário Cordeiro dizer sobre estes resultados, "nada podia ser mais explícito que vale a pena vacinar. Conseguimos controlar e erradicar estas doenças. É bom que não se esqueçam que há cerca de 20 anos Portugal teve um surto de sarampo em que morreram perto de 50 crianças. A memória não pode ser curta para não repetirmos o mesmo erro. Se não vacinarmos podemos voltar a ter o vírus. São as doenças que matam, não as vacinas. Estas são a melhor prevenção."

Convém não esquecer que enquanto o vírus ou bactéria circular no mundo, é necessário continuar a vacinar.

Nº 12 - Fevereiro 2018