Inominável Inominável #12 | Page 36

A sério que adoro a liberdade de expressão desta revista.

Bom, falemos de motores de jogo. Um motor de jogo é qualquer plataforma informática que disponibilize funcionalidades gerais para o desenvolvimento de videojogos. Há motores de jogo, especialmente os mais antigos, que interagem quase apenas com os programadores, devido aos seus requisitos técnicos altos. Felizmente, desde há muito tempo que se percebeu que os designers e os artistas deveriam ter uma relação mais próxima com os motores de jogo e, consequentemente, nos dias de hoje um motor de jogo moderno já inclui uma interface propícia para pessoas que não sabem a diferença entre um i++ e um ++i.

Os gigantes dos videojogos têm normalmente um motor de jogo interno, desenvolvido para os seus requisitos específicos e tipicamente bem optimizados. No entanto, um desenvolvedor pequenino não se pode dar ao luxo de gastar rios de dinheiro e tempo num motor de jogo interno, e muito provavelmente recorrerão a motores de jogo comerciais. Nos dias de hoje, as duas grandes opções são o motor Unreal Engine 4 e o Unity3D. A facilidade (relativa) com que se pode criar um videojogo nestes motores é-lhes às vezes prejudicial, pois ficam com a fama de que só servem para fazer videojogos horríveis e incompletos (e esta crítica afecta especialmente o Unity3D), mas o argumento parece-me injusto pois os motores não são os culpados desse fenómeno, mas sim os criadores dos videojogos (imaginem centenas de milhar de projectos de final de curso a serem postos online no mundo inteiro; que percentagem será decente?).

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Tenho também de referir software especializado em construir modelos 3D, em particular o Blender (porque os outros são pagos e não faço publicidade de graça; aaah, capitalismo). De notar que se vamos passar várias horas a mover autisticamente pontinhos de um lado para o outro até o objecto ficar

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