Inominável Inominável #12 | Página 23

"Então qual é a tua solução?"

Manter a separação de ligas não é solução, mas acabar com as ligas femininas teria o efeito contrário ao pretendido: muitas mulheres, actualmente, não conseguirão acompanhar o ritmo das ligas masculinas e acabariam por desaparecer nas ligas inferiores. Eu defendo uma solução mista.

As ligas principais serão compostas por homens e mulheres. Paralelamente, existirão ligas femininas equivalentes à 2ª divisão, disputadas por mulheres que não participem nas competições mistas. Isto permitirá às mulheres, desde o início, sonhar o mais alto possível, ao mesmo tempo que podem tomar a decisão de não competir com atletas com maior capacidade física. Mas claro que isto

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DESPORTO

E mesmo assim há mulheres que chegam ao topo. Na equitação (a única modalidade olímpica mista) as mulheres já foram medalhadas em todas as categorias nos Jogos Olímpicos: em 2004 levaram todas as medalhas da competição individual. No wrestling, Michaela Hutchinson foi a primeira rapariga a vencer um torneio estadual, em 2006. No Bowling, Kelly Kullic venceu um Major nos EUA, em 2010. Danica Patrick já fazia parte dos pilotos mais famosos dos EUA quando venceu o Japan Indy 300. Lynn Hill, na escalada, foi a primeira pessoa a subir em modo free climb uma das mais famosas montanhas nos EUA. Em 1926, Gertrude Ederle foi a primeira mulher a atravessar o Canal da Mancha a nado e bateu o record masculino por mais de duas horas. Pamela Reed venceu a Ultramaratona de Badwater por duas vezes, em 2002 (bateu o homem mais rápido por mais de 4 horas) e 2003; foi também a primeira pessoa a correr 300 milhas sem dormir - o vencedor da Ultramaratona de Badwater de 2004 tentou o mesmo feito por duas vezes e falhou.

Nº 12 - Fevereiro 2018

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Gertrude Ederle, no Canal da Mancha