Inominável Inominável #12 | Page 28

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por Rei Bacalhau

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Poderíeis ficar surpreendidos se eu vos dissesse que os videojogos não brotam naturalmente na Natureza. Ao contrário da percepção errónea popular, os videojogos sofrem um complexo processo industrial e criativo antes de chegarem às vossas mesas (neste caso as de escritório). Enfim, da mesma maneira que poderemos pensar que o leite vem já dentro da embalagem Tetra Pak quando sai da vaca, não me admira que pudésseis pensar o mesmo da nobre forma de entretenimento que são os videojogos.

Quer dizer, analogamente falando claro... nunca vi uma vaca a programar.

A Produção de um

Videojogo

Mas antes de pormos a carroça à frente de ainda mais bovinos, avancemos para o conteúdo do artigo em si que, aviso desde já (porque escrevi isto pela altura do Natal e estava a sentir-me mais simpático), vai ser muito longo, portanto aconselho a que deixeis esta leitura para aquela altura do dia em que o vosso chefe não está a inspeccionar o que estais a fazer no trabalho.

Só com esta introdução foram quase mil caracteres. Ui ui.

Resumidamente, hoje gostaria de dar uma lição superficial e esperançosamente acessível sobre como é que se faz um videojogo. Gostaria, antes de mais nada, assentar alguns pontos importantes:

nada do que vou escrever se aplica a 100% dos casos, antes pelo contrário; o número de pessoas envolvidas no desenvolvimento de um videojogo pode variar de apenas uma até centenas ou mesmo milhares, portanto podeis imaginar algumas diferenças em organização (e não me venham com citações do Sun Tzu).

eu já trabalhei na indústria, mas estou longe (ponham longe nisso!) de ser um guru em todas as áreas necessárias à boa finalização de um produto; não vos fieis demasiado no que eu digo.

tendo em conta o meu presumível público-alvo, vou tentar simplificar termos e conceitos para alargar a acessibilidade do texto onde me for possível.

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