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Inominável

sempre seguir as tochas pela esquerda. O sistema tem algumas falhas, mas é simples e funciona para a grande maioria das situações.

Enquanto exploro, aniquilando com mais dificuldade os arqueiros mortíferos e as aranhas venenosas (e fugindo “deles”), vou extraindo os minérios que aparecem nas paredes: carvão, ferro, ouro. Quando estou satisfeito, volto ao ponto de partida, onde já construí uma escada de madeira até à minha base de operações. Fabrico ferramentas de metal, aumento a minha horta, construo a minha casa e uma pequena torre/farol para o caso de me perder numa exploração à superfície.

O meu espírito completivo fez-me voltar à mina abandonada para a explorar na sua totalidade, dando finalmente com uma falésia subterrânea enorme, uma das maravilhas naturais do jogo que, não sendo horrivelmente incomum, não deixa de ter sempre o seu charme após um primeiro vislumbre.

É ao descer e investigar a base desta falésia que descubro um dos recursos mais raros, icónicos e cobiçados do videojogo: diamantes.

Igualmente, é ao reflectir nas características brilhantes do mineral que me surge uma ideia essencialmente difícil de concretizar, mas que daria um bom projecto de construção.

Para fazer jus à minha denominação ictióide, parece-me que terei de criar uma habitação que não esteja à superfície terreste. Decidi então criar uma espécie de aquário inverso na baía ao pé da minha base: uma estrutura oca de vidro completamente submersa, onde poderia estar mais em conformidade comigo próprio. Faço uns esquemas mentais enquanto arranjo a quantidade enorme de areia necessária para criar vidro suficiente para este projecto tão insano. Podereis não acreditar, mas construir debaixo de água pode ser mais irritante do que se imagina.