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Nº 8 - Junho 2017

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Penha Garcia é uma vila pacata mas cheia de charme, com origens que remontam a D.Sancho I – e possivelmente até anteriores. Estendendo-se na encosta da serra granítica que tem o mesmo nome, desdobra-se em ruas íngremes que desembocam em pequenos largos rodeados de casas em pedra ou brancas de cal. Do alto do castelo, a vista deslumbra: de um lado, o casario da aldeia e a verde planície beirã; do outro, o vale do rio Pônsul, actualmente aprisionado numa barragem e de onde escorre apenas em versão de ribeiro. Descer até ao vale é entrar num túnel do tempo. Nas margens do Pônsul sobrevivem azenhas, em tempos importantes para a vida da aldeia e que têm vindo a ser recuperadas a pouco e pouco. Mas mais interessantes ainda são os icnofósseis que sobrevivem bem visíveis nas paredes rochosas, vestígios dos Trilobites que dominaram os mares há centenas de milhões de anos.

Aproveitando as águas da barragem, foi há alguns anos construída no vale a praia fluvial do Pego, uma espécie de “piscina” rodeada por um passadiço em madeira e alimentada por uma queda de água, formando um recanto verdadeiramente idílico.

Coordenadas: 40° 2' 24" N 7° 1' 9" O