2: se precisam de mais informação vão aos EUA, eles usam isso em vários desportos e de maneiras diferentes, é como ir a um buffet: é só escolher. Na NFL usam este sistema desde 1999(!). E se precisam realmente de mais informação, porque é que proibiram a Holanda de usar esse método na taça, quando isso poderia trazer-vos os dados de que precisam sem terem de pôr o pescoço em risco (afinal, foram eles que se ofereceram)?
Apesar de treinadores e jogadores estarem a favor da mudança, bem como uma maioria de adeptos, estes continuam a apresentar ressalvas neste debate. Discute-se se o vídeo-árbitro deve estar sempre activo, ou se só servirá (como na maioria dos casos nos EUA) para situações importantes, como penaltis, foras-de-jogo, etc.; se será possível que os treinadores usem isto para quebrar o ritmo de jogo, como acontece por vezes no ténis; se a introdução das novas tecnologias tirará o gozo de discutir as decisões certas ou erradas da equipa de arbitragem (as pesquisas indicam que, logo após a atmosfera no estádio, o debate é o segundo factor mais importante para a experiência de um adepto).
Eventualmente, mais precisamente em Setembro de 2016, os dirigentes da FIFA acabaram por aceitar a ideia da Liga Holandesa. O Ajax bateu o Willem II por 5-0 e um árbitro, dentro de uma carrinha com 6 televisões, aconselhou o seu colega dentro de campo a alterar um cartão amarelo para vermelho, por agressão a um jogador da equipa contrária. Segundos depois, Anouar Kali foi expulso. A liga australiana será a primeira a oficialmente utilizar este sistema, seguida de perto por Portugal, Alemanha, Brasil e EUA.
É certo que não será isto que vai acabar com as polémicas no futebol (tal como não o fez nos desportos em que estes sistemas já são utilizados), mas a verdade é que contribuirá e muito para menorizar a sua importância. Um jogo é disputado entre duas equipas e a terceira equipa só lá está para garantir que as regras são cumpridas – quanto melhor o fizerem, melhor será o desporto praticado.
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