Inominável - Ano 2 Inominável Nº10 | Page 62

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Nos dias que correm, apesar da pureza dúbia da noiva nos tempos modernos (e até nos tempos antigos), o branco continua a simbolizar a noiva na nossa sociedade, além das mil formas de branco que temos de chamar ao próprio branco. Uns, sem fugirem muito ao tradicional, tendem mais para o bege e para o cor-de-rosa, mas nada demasiado díspar como o cor-de-laranja. Poucas ainda são as noivas que arriscam com vestidos de cor forte.

Já o noivo, apesar da variedade de fatos e de cores ser alguma, ainda são muitos os que optam pelo tradicional preto. (E cá vai a típica piada: "A noiva vai de branco porque é o dia mais feliz da sua vida. E o noivo? Vai de preto porque vai para o próprio funeral!") Graças aos estilistas e aos homens de bom gosto que se fartaram do preto, já vemos mais fatos cinzentos e azul-marinho. Há até alguns que tentam aparecer de branco, mas há quem diga que o branco é apenas da noiva e de mais ninguém. É preferível serem uma espécie James Bond numa versão mais sofisticada ou um príncipe num fraque mais moderno - desde que não seja em branco para fazer concorrência à noiva, tudo bem! Afinal, o branco é da noiva e este é o seu grande dia! Por outro lado, ainda bem que as tendências têm vindo a mudar. Ainda bem que hoje já há vestidos de noiva com outras cores, talvez influência da globalização; talvez as pessoas já estejam a cansar-se do que é tradicional. O que importa é que, indepen-dentemente do vestido e da sua cor, seja um dia feliz, e que tanto o noivo como a noiva se sintam concretizados.