Inominável - Ano 2 Inominável Nº10 | Page 36

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por Rei Bacalhau

Aaah, o branco e preto: a derradeira ferramenta do artista que quer parecer mais ufanamente artístico. A própria expressão parece ter um dramatismo atraente. A simplicidade do contraste, como conceito, aplicado a objectos e momentos que ficam prejudicados por tal transformação.

Não são só os grandes artistas os culpados pela atracção à monocromia da expressão. O Spielberg não é particularmente snob pela sua (única?) utilização de preto e branco num certo filme. O Michael Jackson não era particularmente mais artístico só porque era melaninamente ambíguo. São também culpados as centenas de milhares de "fotógrafos de Facebook" que se julgam mais dramáticos porque a sua foto de perfil não tem saturação de cor alguma. Enfim, somos apenas humanos. Suponho que é normal sermos atraídos pelo que é trágico.

Dito isto, perguntemo-nos o que é que num raio é que os videojogos têm a ver com este assunto?

Bom, respondendo simplesmente, relembro que os videojogos são também uma forma de arte, e como tal caem sob a perigosa influência do preto e branco...

Felizmente, apesar de toda esta introdução, não é de cor que venho falar.

Estando a falar de preto e branco, não pude deixar de pensar que existe um videojogo cuja tradução é literalmente o tema desta edição: "Black & White"

BLACK & WHITE