Informativo ABECO Informativo No 13 (set-dez 2018) | Page 7
INFORMATIVO ABECO | Edição Nº 13
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(período do Doutorado na
Alemanha) com muito
calor (o verão em Porto
Alegre é infernal) e
muitos aprendizados, não
só na pesquisa – me senti
em casa aqui no sul do
Brasil. Após o final do
Doutorado, fiquei um ano
no laboratório do Jörg
Pfadenhauer, mas depois
comecei a trabalhar com
gestão de pesquisa num
instituto no Norte da
Alemanha cujo foco
principal
era
o
ordenamento territorial.
Era responsável pela área
de Ecologia e Recursos
Naturais, mas não fiz
mais pesquisa própria.
Embora fosse um cargo
interessante, após dois ou
três anos ficou claro para
mim que o que eu
gostava mesmo era
trabalhar
numa
universidade,
com
pesquisa e ensino. Pedi
demissão e comecei a
trabalhar como Pós-Doc
na Technische Universität
Berlin. Neste mesmo
período, fiquei sabendo
de um concurso na área
de Ecologia Vegetal no
Departamento
de
Botânica da UFRGS. Não
acreditava que tinha
muita chance, afinal,
estava bastante afastado
da pesquisa ecológica no
Brasil em todos os
sentidos, mas resolvi
fazer o concurso mesmo
assim, pois, apesar de ter
ficado satisfeito (mais ou
menos) com a minha tese
de Doutorado, muitas
outras perguntas sobre os
Campos Sulinos ficaram
na
minha
cabeça.
Comprei uma passagem,
fiz o concurso, e passei!
Ingressei na UFRGS em
2010.
O meu principal foco de
pesquisa, desde o início,
são os Campos Sulinos,
os
ecossistemas
campestres no Sul do
Brasil,
e
continuo
trabalhando
principalmente com a
vegetação
destes
ecossistemas. Tive a sorte
de poder – mesmo que
cinco anos depois –
retornar a colaboração
com as mesmas pessoas
com
quais
havia
trabalhado muito durante
o
Doutorado,
principalmente Sandra
Müller, agora professora
no Departamento de
Ecologia, que tinha sido
minha colega já no
Doutorado, Valério Pillar,
que tinha sido meu co-
orientador no Doutorado
e
prontamente
me
convidou a participar na
Rede Campos Sulinos
quando voltei à UFRGS, e
Ilsi
Boldrini,
do
Departamento
de
Botânica, com quem
tinha aprendido muito
sobre as gramíneas dos
Campos Sulinos e que
agora abria as portas do
seu laboratório para mim.
Certamente,
a
colaboração e amizade
com estes colegas (e com
outros ao longo do
tempo) desde o primeiro
dia como Professor na
UFRGS
foi
muito
importante para mim e as
minhas
atividades
cientificas: pesquisa não
se faz sozinho.
Por um lado, me
interesso pela diversidade