Informativo ABECO Informativo No 12 (mai-ago 2018) | Page 9

INFORMATIVO ABECO | Edição Nº 12 outro local, vivenciaria outras experiências. Com a ajuda de minha família, optei por terminar o curso. Assim, comecei a vivenciar totalmente a Universidade, ingressando na monitoria da disciplina de Zoologia de Vertebrados. Foi aí que conheci a Profa. Leda Jardim, que me orientou no Bacharelado em Zoologia, em 1988. Considero a Profa. Leda minha mãe científica. Com ela comecei realmente a entender a vida acadêmica. Fiz meu trabalho de bacharelado com morfologia comparada de duas espécies de peixes marinhos. Naquela época não existia o Departamento de Ecologia na UFRGS, as disciplinas eram oferecidas pelos Departamentos de Botânica e Zoologia (a própria área de Ecologia como ciência no Brasil começa na década de 70, com a criação dos primeiros cursos de Pós- Graduação), e estas disciplinas eram oferecidas no final do curso. Foi na 9 disciplina de Ecologia Animal que realmente comecei a me interessar pela Ecologia. Trabalhando no Departamento de Zoologia e no Laboratório de Ictiologia, comecei a ler e procurar sobre ecologia de peixes (revisão bibliográfica era feita no papel, Biological Abstracts, Zoological Records, horas na biblioteca, e eu gostava disso, acredite). Ao mesmo tempo, como não havia professores que trabalhassem com aves e mamíferos no Departamento de Zoologia, consegui uma vaga de estagiária, e depois bolsista, na Fundação Zoobotânica do RS (ainda queria ter uma experiência profissional com mamíferos), importante instituição científica do Estado do Rio Grande do Sul, patrimônio dos gaúchos. Fui trabalhar com a Profa. Marta Fabián, Coordenadora da Sessão de Mamíferos. Com ela desenvolvi, paralelo aos meus estudos no Bacharelado, projetos de pesquisa na área de biologia de morcegos e aprendi técnicas de amostragem no campo com pequenos mamíferos, trabalhei na coleção científica do Museu (a Fundação Zoobotânica compreende o Museu de Ciências Naturais, Jardim Botânico e Zoológico), tendo produzido meu primeiro artigo científico. Restinga herbácea em Parnamirim, RN Foto do Associado: Alexandre F. de Souza