Informativo ABECO Informativo No 12 (mai-ago 2018) | Page 12

INFORMATIVO ABECO | Edição Nº 12 Porém, com minha entrada no PPG Ecologia, ampliei a perspectiva de projetos de pesquisa e de orientação, passando o laboratório a se chamar Laboratório de Ecologia de Vertebrados, pois já orientava alunos na área de ecologia e uso do hábitat em mamíferos, aves, répteis e anfíbios. No entanto, considero que dei um salto de qualidade na minha carreira científica quando comecei a orientar alunos de doutorado, em 2003 (apesar do PPG Ecologia da UFRGS ser um dos primeiros cursos na área do Brasil, completando em 2018 quarenta anos de existência, o curso de doutorado iniciou apenas em 2000). Propostas de projetos de mais longa duração e parcerias com colegas docentes tanto da UFRGS como de outras instituições (nacionais e internacionais) foram fundamentais para que minha atuação se ampliasse novamente, refletindo na melhoria de minhas publicações científicas. Comecei a trabalhar com padrões e processos em ecologia (fragmentação, dispersão, diversidade) e não só com a bioecologia de determinados organismos. Em 2004 o Laboratório passou a se chamar Laboratório de Ecologia de Populações e 12 Comunidades - LePeC, (www.lepecufrgs.wixsite.com/l epec). Nesta época os peixes, que foram os protagonistas no laboratório no início de minha carreira, eram os coadjuvantes. Com a minha experiência nos estudos de ecologia trófica de aves e mamíferos, o projeto de meu primeiro aluno de doutorado, Leandro Duarte, juntamente com o colega Prof. Valério De Patta Pillar, tinha como meta entender os processos e mecanismos de expansão da Floresta de Araucária no Planalto do sul do Brasil, uma vez que a maioria das espécies lenhosas da Floresta Atlântica possuem dispersão por animais. Este projeto rendeu muitas publicações e foi considerada a melhor tese produzida em ecologia pela CAPES em 2009. Após minha participação como orientadora no doutorado, sempre solicitei, a cada ano, bolsa de pesquisador junto ao CNPq. Várias foram as negativas, até que em 2008 consegui minha primeira bolsa de produtividade, estando no sistema CNPq até hoje. Em parceria com o Prof. Fernando Becker (que ingressa no Depto. de Ecologia um pouco antes de 2008), proponho o retorno às lagoas costeiras e aos peixes, só que numa perspectiva de utilizar as lagoas como manchas de hábitat e entender os padrões da metacomunidade de peixes de uma bacia hidrográfica (metacomunidade = comunidades locais interligadas por dispersão de espécies) através da análise da conectividade das lagoas e do uso do solo do entorno. Junto com minhas atividades de ensino, pesquisa e extensão, a gestão acadêmica começou cedo em minha vida profissional. Além de minha experiência nas Comissões de Graduação e Pesquisa do Instituto, fui chefe de Departamento entre os anos de 1997 a 1999. Em janeiro de 2001 começo minhas atividades junto a Comissão Coordenadora da Pós- Graduação em Ecologia da UFRGS, tendo participado desta Comissão até junho deste ano (17 anos!). Fui Coordenadora por nove anos. Minhas atividades na Coordenação do PPG Ecologia consumiram muita energia (e tempo) de minha vida tanto profissional quanto familiar (trabalhando inclusive aos sábados), mas acho que valeu a pena, pois nas minhas gestões o Programa passou de 4 para 5 e, depois, para conceito 6 perante a avaliação da CAPES. Nos primeiros anos, participei ativamente do Fórum dos Coordenadores da Área de Ecologia na CAPES, encontros que renderam a amizade de