Informativo ABECO Informativo No 10 (set-dez 2017) | Page 6

Informativo da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação Número 10 – Outubro a Dezembro de 2017 PERFIL DA ECÓLOGA (con(nuação) A par?r daí dei início à linha de pesquisa sobre a biogeoquímica do nitrogênio no Cerrado. Ainda no laboratório de Fisiologia Vegetal, entrei em contato com as linhas de pesquisa do Prof. Augusto Franco e integrei-me em um projeto de colaboração internacional (com os pesquisadores Guillermo Goldstein e Frederick Meinzer) o que me permi?u integrar questões associadas às respostas dos sistemas de cerrado ao estresse hídrico e nutricional. Posteriormente, já no Departamento de Ecologia viria a desenvolver essas linhas de pesquisa na consolidação do Laboratório de Ecologia de Ecossistemas. Ao final de 1993, fui aprovada em concurso para o Departamento de Ecologia na área de Nutrição Mineral de Plantas. Iniciei minha atuação no Departamento de Ecologia em 5 de janeiro de 1994 até o presente. Ao longo dos 24 anos como docente do Departamento de Ecologia, estruturei o Laboratório de Ecologia de Ecossistemas tendo como foco a Biogeoquímica de Ecossistemas Tropicais, em par?cular Cerrado, e as interações entre as Mudanças Ambientais (Mudança Climá?ca, Mudanças no Uso da terra, Queimadas) e o funcionamento de sistemas naturais e manejados. A colaboração com outros docentes do Departamento de Ecologia foi fundamental para sedimentar essa trajetória. As a?vidades de pesquisa, ao longo de diferentes projetos, permi?ram descrever e quan?ficar os compar?mentos e fluxos de carbono, nitrogênio e fósforo no Cerrado e as implicações para os sistemas terrestres e aquá?cos bem como para a atmosfera (emissões de gases de efeito estufa). A colaboração com grupos de outras ins?tuições brasileiras através de redes de pesquisa bem como com grupos de ins?tuições internacionais foi fundamental para ampliar as abordagens e ferramentas analí?cas, assim como também para dar oportunidade ao alunos envolvidos de realizar estágios fora da UnB através de programas de intercâmbio. O avanço no entendimento do funcionamento de ecossistemas de Cerrado, impulsionou também as pesquisas do laboratório de Ecologia de Ecossistemas sobre as interações entre a biodiversidade e os processos ecossistêmicos, em especial no que se refere à diversidade de microrganismos de solo e sedimentos. Por fim, minha atuação em pesquisa em questões ambientais, levou-me também a considerar e refle?r sobre a necessidade de atuar mais diretamente no suporte da ciência para o processo de tomada de decisão, par?cipando em diferentes audiências públicas no Senado e na Câmara Federal para debater temas referentes ao Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia assim como em Colegiados de Comissões e Conselhos federais representando a academia e assumi posições na administração federal (MCTIC e CAPES). Ao longo de minha atuação como orientadora conclui a orientação de 19 mestres, 17 doutores, 12 pós-doutores e mais de 30 alunos de iniciação cienDfica e considero extremamente gra?ficante ver, hoje, uma significa?va fração desses estudantes atuando na área de Ecologia e Meio Ambiente em diferentes posições.