Bernardo contou a jornada para a transformação digital da DuPont , iniciada há cerca de quatro anos , buscando entender como a DuPont se comportaria com a vinda de novas tecnologias e como apoiar os objetivos de inovação da companhia . Foi definido o que precisava ser feito e , com os dados , ter mais insights , prevendo o que poderia acontecer e levando inteligência e automação para todas as áreas . O foco foi em tecnologias inteligentes , como IA , Machine Learning e Big Data .
Para entrar neste desafio , criou-se a Spark Digital , grupo de profissionais na matriz nos Estados Unidos e por outras regiões , que tem foco de entregar valor e aumentar a produtividade , reduzindo custos , aumentando a capacidade produtiva , e evoluindo em receitas e lucratividade .
Isso gerou um foco em atuar na cadeia de fornecimento e fabricação , com atuação do time de marketing & vendas e de pesquisa & desenvolvimento , empoderando as equipes . A DuPont vem criando produtos digitais com o suporte das novas tecnologias com a inteligência de dados . Este grupo de engenheiros e cientistas em dados segue desenvolvendo soluções e fazendo com que as novas implementações que a DuPont faz tenham sempre a preocupação com o ser humano .
A evolução da Spark Digital seguiu . Primeiro começou em 2018 conversando com as empresas para diagnosticar pontos e alinhar expectativas , fornecendo aprendizado e construindo capacidades . Depois , buscou objetivos e aspirações para aumentar o valor através de temas digitais estratégicos e programas específicos , sempre orientado ao valor , sobre como aumentar vendas , melhorar fluxo de caixa e outros tópicos .
Nos próximo passos , estabeleceu-se a base para que a solução que está sendo implementada possa ser alavancada e usada em outros setores . Esse programa serviu para todos , chamado “ oferta de produto digital ” repetível e implementável em outros modelos de negócios . Com o produto amadurecido , ele precisa tornar-se uma capacidade embutida de vendas , virando parte de negócio , o que libera os recursos para seguir trazendo tecnologia e capacidades para a DuPont seguir na jornada rumo ao 5.0 .
A DuPont usa o Machine Learning para aumentar a precisão em 30 a 35 % do valor que pode ser entregue através dele no lugar da análise estatística tradicional . A jornada é mais do que fazer produtos digitais , é ajudar a organização inteira a se tornar mais digital , envolvendo-os em projetos . A companhia possui embaixadores treinados com essas capacidades para aplicar em várias áreas .
Há exemplos reais do avanço na jornada rumo à Indústria 5.0 . Um dos projetos é manutenção preditiva inteligente . Hoje há máquinas que processam o material flexográfico e captam informação , como tensão , temperatura e velocidade . Os dados gerados regularmente nas máquinas são enviados para a nuvem , onde são consolidados . Os algoritmos de Machine Learning identificam padrão e notificam sobre possível falha . A equipe de serviço é avisada em caso de futura falha , que torna o setor mais proativo , podendo avisar o cliente antes do erro .
Outro exemplo de colaboração homem / máquina é o assistente remoto especialista . Com a Covid , os especialistas não podiam viajar e a DuPont usou o dispositivo de realidade mista HoloLens . Sobre a cabeça , com um vidro , você enxerga sua realidade e a realidade virtual se sobrepõe . Para ajudar o cliente a encontrar a causa de uma questão , ele usa o óculos e o especialista orienta passo a passo . Com as mãos livres , o técnico ouve o especialista em tempo real .
Pode-se ver as instruções na tela . A solução foi sucesso , inclusive no setor flexo . Em todo o processo , há sensores para coletar dados e depois analisar para resolver questões que podem surgir . A solução coleta informações históricas capturadas pelos sensores , combina com dados de processo , dados de qualidade e faz a limpeza e mapeamento . Por fim , o cientista de dados cria um modelo para prever questões futuras e quais parâmetros são específicos de qualidade .
Ao criar o modelo , o desenvolvedor cria uma forma para visualizar parâmetros e informação do modelo que pode dizer onde haverá o problema : se subiu temperatura , baixou a pressão , isso é um indicador de problema e pode ser visto precocemente e em tempo real para agir rápido e melhorar a qualidade de produto .
Shyamal mostrou como embutir sustentabilidade na área de inovação para avançar com o 5.0 . É sobre homem , máquina e planeta trabalhando juntos . Começa com desenvolver produtos certos com foco na sustentabilidade . E usar a Indústria 5.0 para melhorar a inteligência e reduzir custos associados à manutenção . Na sustentabilidade , a DuPont ressaltou a tecnologia de processamento de chapas , cada vez mais limpa , sem solventes , e com menor uso de água .
A DuPont busca estabelecer produtos que os clientes tenham flexibilidade de usar recicláveis sem diminuição de qualidade . Outro ponto é tecnologia para o cliente reduzir o uso de tinta branca . E tecnologia de corrugado para usar chapas com espessuras menores , usando assim menos material .
Outro ponto é a manutenção . No estágio 1 , é a manutenção corretiva : “ Meu processo quebrou , vamos consertar ”. No estágio 2 , é preventivo : “ O motor no processador tipicamente dura quatro meses , então vamos fazer a manutenção preventiva ”. No passo 3 é preditiva : “ Meu processador me disse que o material deve falhar prematuramente ”. A busca é por avançar no estágio 3 .
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Set / Out de 2021 · Inforflexo