INFORFACTORING SINDISFAC INFORFACTORING 105 l Abril 2018 - redone | Page 8
O QUE ESPERAR DA
ECONOMIA PARA 2018?
No úl�mo ano, a palavra crise foi uma das
mais u�lizadas para descrever o cenário
econômico do país de um modo geral. A
boa no�cia é que as previsões para o ano
de 2018 são mais o�mistas e o termo cres-
cimento tem surgido em muitas das decla-
rações de quem entende da área.
Embora existam incertezas, graças ás
reformas econômicas propostas pelo
governo - em especial a da Previdência - e
à instabilidade do mercado por causa das
eleições previstas para esse ano, a aposta
da maioria tem sido de uma aceleração na
economia brasileira.
lidade para o setor financeiro, mas alguns
economistas acreditam na tendência de o
dólar se estabilizar até o final do ano.
Felipe Salles, economista do Itaú Unibanco,
informou em entrevista ao portal G1 que
acredita que a incerteza se deve também,
além das eleições, ao avanço das reformas
e ao rumo dos juros nos EUA, já que o
banco central norte-americado (Fed) vai
subir as taxas e isso pode impactar o dólar
frente a diversas outras moedas.
Para o ar�go de hoje, realizamos um apa-
nhado das principais previsões feitas por
importantes economistas, grandes ins�-
tuições financeiras do Brasil e o próprio
governo, de acordo com indicadores como
inflação, juros e taxas de câmbio. Con�-
nue lendo e confira o que esperar para
2018. A explicação para tal preocupação diz
respeito á possibilidade de os Estados
Unidos se tornarem mais atraentes aos
olhos dos inves�dores, por causa das taxas
de juros mais altas, fazendo com que os
recursos aplicados em outros mercados,
inclusive o nosso, sejam transferidos para o
país norte-americano. O resultado dessa
ação seria uma alta do dólar com relação
dessa ação seria uma alta do dólar com
relação as outras moedas.
Câmbio
Conforme dito, por ser um ano eleitoral,
2018 é considerado um período de instabi- Já Eduardo Velho, economista chefe e dire-
tor do Banco Banestes, também em entre-
vista ao G1, aposta que o dólar pode ficar
em patamar mais baixo, embora nada
impeça que a moeda possa chegar até a R$
3,60, dependendo da definição dos candi-
datos à presidência e a aprovação ou não
da reforma da Previdência.
Desemprego
Em 2017 houve uma queda na taxa de
desemprego, porém mal pode ser percebi-
da pela população, já que a maioria das
vagas criadas no país foram informais.
O economista Felipe Salles acredita que a
tendência para esse ano é que o emprego
formal cresça com mais força e prevê uma
taxa ainda mais baixa até o fim de 2018.
Já Alessandra Ribeiro, economista chefe da
Tendências Consultoria, afirma que as no�-
cias sobre o mercado de trabalho estão
melhores do que o esperado, mas que a
taxa de desemprego pode acabar crescen-
do, pois, com a recuperação da economia,
muitas pessoas que já �nham desis�do de
procurar uma vaga podem voltar às buscas.
Inflação
A previsão dos economistas é que, diferen-
te de 2017, a inflação volte a ganhar força,
porém sem chegar aos altos índices vistos
nos anos de 2015 e 2016.
Segundo o Bole�m Focus, do Banco Cen-
tral, a expecta�va é que a inflação fique em
3,96% e a previsão do FMI é de 4%.
Felipe Salles afirma que os bens industriais
devem subir de valor, por caua do dólar,
além de alguns alimentos, entretanto estes
devem se normalizar no decorrer do ano.
Alessandra Ribeiro confia na ideia de um
ambiente inflacionário tranquilo, com
alguns preços desacelerando o indicador
matendo a inflação do ano anterior.
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Juros
Este indicador também depende do anda-
mento das reformas e do impacto das elei-
ções, além de estar diretamente ligado ás
ocilações do dólar, já que o aumento da
moeda pode pressionar a inflação, pois
muitos itens vendidos no Brasil são impor-
tados ou feitos com peças e componentes
de fora do país.
O Banco Central u�liza a alta dos juros para
segurar a inflação, que, quando está con-
trolada, permite taxa de juros mais baixa.
Os ecnomistas acreditam que o Banco Cen-
tral consiga sustentar a Selic em 6,75% até
o fim de 2018, podendo chegar a 7% como
terminou 2017.
PIB
A economista Alessandra Ribeiro acreditar
que a principal contribuição posi�va para o
crescimento da economia em 2018 está no
aumento do consumo das famílias, graças à
queda dos juros. Ela aposta também na
ajuda dos inves�mentos da construção
civil, que prejudicou a expansão em 2017
por não ter se recuperado da crise.
Eduardo Velho acrescenta também o bom
desempenho da agricultura à alta do PIB,
que ele acredita chegar em 3,3% esse ano.
O governo es�ma uma alta de 3%, já para o
FMI a projeção do fundo é de alta de 1,5%.
Segundo o Bole�m Focus, do Banco Cen-
tral, a projeção do mercado financeiro é de
alta de 2,7%.
Como foi possível ver, os indicadores se
interligam e dependem de alguns fatores
externos, mas as previsões são de um ano
melhor do que o anterior, com crescimento
e aceleração na economia.
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