Holatour apresenta Brasileiros em Paris revista-12jun-1 | Page 8

8 | brasileirosemparis.com O Castelo das Damas Contemplar Chenonceau é vislum- brar uma harmonia perfeita entre a natureza – representada por água, ar e vegetação – e um conjunto arquite- tônico inigualável, digno de admira- ção mundial. Chenonceau foi o teatro de intensas paixões protagonizadas por seus sucessivos proprietários, arrastados inexoravelmente pelo turbilhão de eventos que marcaram a história da França. Escolhido como residência real, o castelo orgulha-se também de seu destino incomum: ele foi construído, amado, administrado e protegido por mulheres notáveis. Diane de Poitiers, favorita do Rei Hen- ri II, ofereceu a Chenonceau um dos jardins mais espetaculares da época, além de ter deixado a marca de uma arquitetura única, caracterizada pela O Castelo de Chenonceau, aberto diaria­mente de 9h às 19h (os horários mudam de acordo com a época do ano), fica na Touraine, sobre o Rio Cher. De Paris até o castelo, são duas horas de carro ou uma hora e meia de trem. Mais informações no www.chenonceau.com ou com um dos atendentes da nossa empresa. Nesta página: imagens do Castelo de Chenonceau famosa ponte sobre o Rio Cher. Cata- rina de Médici, viúva do rei, afastou Diane do castelo e mandou construir a galeria de dois andares, onde costu- mava organizar bailes suntuosos na época em que era regente. Louise de Lorraine, ao perder seu esposo Henri III, adotou o luto branco, como preco- nizava a etiqueta da corte, e passou a se dedicar inteiramente à religião. Sua morte marcou o fim da presença da realeza no castelo de Chenonceau. Extraordinária personagem do Sécu- lo das Luzes, Louise Dupin resgatou o fasto do castelo, onde organizava bri- lhantes saraus freqüentados por filó- sofos da época, entre os quais Mon- tesquieu, Voltaire e Rousseau. Graças a sua presença de espírito, o castelo escapou ileso das ameaças da Revo- lução Francesa. Em 1864, Marguerite Pelouze, originária da burguesia in- dustrial, decidiu transformar o cas- telo e o parque no reflexo de sua as- censão social, dilapidando toda a sua fortuna para restaurá-lo. Mais tarde, Simone Menier, enfermeira chefe, administrou o hospital que mandara instalar, graças ao apoio pecuniário de sua família, nas duas galerias do castelo – onde mais de 2 mil feridos de guerra foram tratados até 1918. Vindos dos cinco continentes, os visi- tantes – “hóspedes por um dia” – são convidados a vivenciar um momento de pura graça e a se deixar levar pela serenidade e beleza do cenário des- lumbrante.