Ferreira Gullar diz que “a brasilidade de Di é, sobretudo, temática, até certo ponto regional e popular”. É o que o poeta afirma implicitamente, quando fala da necessidade de dar fisionomia própria a arte brasileira: “há na pintura de Di um componente ideológico, que se expressa na escolha daqueles temas e uma profunda identificação com as classes pobres e mesmo com os marginais, os excluídos que, pelo que são e representam, opõem-se aos valores da classe dominante”.
O desenho do rosto é primário e vigoroso, o que lhe garante grande dramaticidade, que se estabelece principalmente pelo jogo entre luzes e sombra.
A maneira de construir a pintura utiliza camadas densas de tinta, ela é escura e as marcas do pincel criam uma espécie de “sujeira”, resultando em cores muito misturadas.
O brilho do pelo e o olhar do gato são marcados por pequenos pontos de luz.
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