tiveram mais projeção , foram as escolhidas . Deliciem-se .
Vermelho ?! Claro que sim , porque não ? Pincelada sedutora , fugaz ; cor alfa do meu arco-íris , fragrância astuta , meu exlíbris ...! Vermelho ?! Sem dúvida que sim ! Leito de rio sem foz , noite grávida de sabor a mel , prazer desenhado numa folha de papel . Vermelho ?! Nem mais ...! Batom arrojado , lábios saciados , segredos desfolhados , desejos desarmados . Vermelho ?! Com toda a certeza ...! Crepúsculo charmoso , despido de malícia , invocado pelas nervuras do meu corpo , cor absorvente da chegada ao meu porto . Vermelho ?! Sim ! Sim ! Sim ! Escrevo as letras envoltas nos meus lábios , na certeza firme de um gostar intenso , reflicto minha vontade no espelho , e - orgulho-me - da minha secreta paixão pelo vermelho !!! Sandra Ramos
TOLA Não sou meio corpo nem me dou por metade
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Meias palavras não me ganham nem meios sentimentos E lamento , de verdade , que entendas que assim me baste Não sou para meio tempo vivido em tempos vagos Ou meia lembrança de momentos bem passados Sim ... Tive esperança em meias promessas Ah ... essas meio feitas Mas sou inteira e inteira me entrego E quero o que dou ... Tudo Quero ser o mundo não o momento E entendo , que se apenas metade me dás , metade fica para trás Seja como for ... Se apenas sou parte e não o teu todo não é amor Amor ... O amor faz-nos tolos mas não quer dizer que o seja Talvez sinta , talvez saiba , talvez veja e me proteja … Tola … Tola sou eu por te amar e aceitar em metade Mas talvez um dia se invertam os papéis E eu de tola parecer Tu o tolo venhas a ser … Do livro " NUA " Ana Acto
Foi para ti que dei voz ao silencio Foi por ti que soltei a melodia do vento Foi para ti
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que criei todas as palavras E para ti foi o meu riso a luz que iluminava o meu olhar Por ti respiro e bebo o luar rasgo as entranhas do tempo Por ti luto contra todas as marés E foi por ti que sangrei todas as inseguranças nesse doce existir em que nós somos imbatíveis Para ti foi tudo Em mim apenas tu ficaste Luísa Mesquita
Quando os meus olhos voavam eram pássaros inquietos , voavam , eu não sabia porque voavam , acreditava apenas que o mundo cabia todo neles . que o mar era maior que o mundo e afinal o mundo não era deles , o mundo era muito mais que isso , era maior que o mar . Sabes , os meus olhos já não voam mais , agora é o tempo que voa neles , Manuel Lopes
Responsável do Grupo Alma de poeta , alma inquietA
Sara Carvalho
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