Donnie Darko, S. Darko( Chris Fisher, 2009). A qualidade e o teor filosófico deixam a desejar em seus trabalhos posteriores, como Southland Tales( 2006) e A Caixa( 2010), o que faz de Donnie Darko, seu filme de estreia, o único marco de sua carreira até o momento.
O insucesso da aceitação do público reflete esta queda de qualidade, deixando evidente que, para aqueles que se aventuraram em conhecer a filmografia de Richard Kelly desde o fenômeno Donnie Darko, o diretor deixou de mergulhar na arte cinematográfica após o sucesso de seu primeiro filme, nos apresentando em seguida trabalhos superficiais que, embora possam parecer bem intencionados( sobretudo A Caixa, com seu dilema moral), não foram pensados e executados com o mesmo cuidado e dedicação.
Curiosamente, Donnie Darko é, de alguma maneira, relacionado a filmes como Taxi Driver( Martin Scorsese, 1976), Clube da Luta( David Fincher, 1999), Pulp Fiction( Quentin Tarantino, 1994) e Laranja Mecânica( Stanley Kubrick, 1971). Embora esses filmes não tenham absolutamente nada em comum, é interessante como a cultura“ geek” os torna ícones referenciais de um cinema classificado como“ cult”. Estão nas camisetas, canecas, almofadas, pôsteres, capas de celular... Também é interessante ver que o consumismo tem atingido uma esfera que engloba o cinema que vai além do mero entretenimento. Não sabemos se é uma apreciação honesta, mas se traz visibilidade para filmes de qualidade como estes, que assim seja. Donnie Darko é pop!
Por Matheus Borges
47