Hatari! Revista de Cinema #05 Ficção Científica | Page 6
1982) e Ghost in the Shell (Mamoru Oshii, 1995), analisados por
mim nesta edição, também refletem sobre a separação (que, nesses
dois casos, é confusa e turva) entre corpo e mente e a perda de iden-
tidade, levando a questões profundamente filosóficas e paranoi-
cas acerca dos conceitos de existir, de sentir e de ser humano em um
universo onde a linha entre o que é real e virtual é quase inexistente.
Camila Sailer investiga em seu texto o mesmo tipo de universo em
uma comparação entre os filmes Abre Los Ojos (Alejandro Amenábar,
1997) e o remake (ou remix?) Vanilla Sky (Cameron Crowe, 2001).
Para finalizar, os três últimos textos da revista trabalham com
uma questão essencial para a ficção científica: o tempo. Enquanto
Matheus Borges analisa a viagem no tempo e suas complexidades na
narrativa de Donnie Darko (Richard Kelly, 2011), Leonardo Otto apon-
ta as suas consequências em Primer (Shane Carruth, 2004). Por último,
Michel Urânia também reflete sobre o tempo, mas em forma de memória,
no filme brasileiro Branco Sai, Preto Fica (Adirley Queirós, 2014).
Por Hanna Esperança
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