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VOTUPORANGUENSE
Jamais duvide do poder de um time do interior paulista. À primeira vista, Tanabi e Votuporanguense
podem não impressionar um torcedor que simplesmente não acompanha as categorias de base. Mas o
fato é que, em geral, esses clubes costumam ser fortes.
Tudo se explica pelo poder de investimento. Apesar do time profissional do Votuporanguense disputar a
Série A2 do Campeonato Paulista, o clube é capaz de fazer boas aquisições. No plantel que buscará o
acesso à elite do estado, por exemplo, está um jogador que poderia muito bem disputar o Gauchão por
Brasil ou Pelotas: Reinaldo Dutra, ex-meio-campista áureo-cerúleo. Mas de onde vem dinheiro? A
resposta é simples: cotistas.
Um deles, você certamente conhece: Daniel Alves. Desde o começo de 2019 o lateral-direito da
Seleção Brasileira, que faz parte de um grupo de investidores, é um dos cinco cotistas do
Votuporanguense. Não se surpreenda, portanto, se o jogador do São Paulo aparecer em algum lugar
torcendo contra o Xavante. Negócios são negócios.
CHANCE DE CLASSIFICAÇÃO É REAL
Olhando
para
o
próprio
retrospecto,
o
Votuporanguense não tem motivos para temer Brasil,
Fortaleza ou Tanabi. Acostumado a jogar a Copinha, o
clube que até 2019 foi uma das sedes da competição
está acostumado a passar da primeira fase. Na última
edição, parou na segunda, para o Guarani. Em 2018,
também na segunda, para o Criciúma. Em 2017,
também na segunda, para o Náutico. Deixar o grupo,
como percebe-se, não tem sido problema. É por isso
que Ulisses Pontes, responsável pela captação de
atletas do clube, afirma que a "expectativa é boa" para
a competição. "Temos jogadores do Brasil todo. Fui no
Rio de Janeiro, vou muito para Minas Gerais, temos
jogadores do Pará. Nosso sub-20 é bastante forte",
garante.
FOTO: RAFAEL BENTO/CAV
Equipe sub-20 vem treinando há cerca de três meses e meio
No elenco do CAV na Copinha, os torcedores verão muitos atletas sub-18 e alguns sub-19. "É um time
em formação ainda, mas que no segundo semestre já teve alguma melhora bem acentuada", explica
Pontes. "No Paulistão Sub-20, começamos mal no primeiro turno, mas no segundo só perdemos um
jogo", acrescenta.
Dois aspectos, no entanto, podem desfavorecer o Cavinho, como é chamado o time sub-20. A equipe,
treinada por Rainer Oliveira, vem treinando há apenas três meses e meio e, desta vez, não será uma
das sedes da competição - apesar de Votuporanga estar localizada a apenas 1h15 de Tanabi. De
acordo com o jornal A Cidade, a explicação para deixar de receber o campeonato está nos custos, que
ultrapassam R$ 100 mil. O Clube Atlético Votuporanguense, a prefeitura local e a iniciativa privada
arcavam com os custos, até 2019.
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